Nota informativa publicada pela Agência Nacional das Águas nesta quinta-feira, 7 de fevereiro, diz que ainda não é possível afirmar que os rejeitos vindos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho vão atingir o reservatório de Três Marias e impactar usuários de recursos hídricos localizados no rio São Francisco. A barragem da mina do Córrego do Feijão, que se rompeu no último dia 25 de janeiro, está localizada em um córrego afluente ao rio Paraopeba, que, por sua vez, deságua no rio São Francisco no reservatório da UHE Três Marias, localizado a 331 km da barragem rompida. A nota evidencia a complexidade do desastre ambiental e a necessidade do monitoramento da bacia hidrográfica.

Segundo o Serviço Geológico do Brasil, foram detectadas alterações do parâmetro turbidez no ponto mais a jusante do rio Paraopeba, na cidade de São José da Varginha, a 200 km do início do reservatório de Três Marias. Porém essas alterações são pequenas e dentro da faixa de valores usuais para o período. A nota diz ainda que a falta de chuvas significativas nos primeiros dias após o rompimento da barragem colaborou para a baixa velocidade de propagação da frente de sedimentos e para sua deposição no leito do rio.

Uma volta das chuvas pode trazer alterações ao que vem sendo observado até agora, devido à lavagem e novos aportes de rejeitos localizados na própria barragem e na bacia de drenagem localizada a jusante do local do rompimento. O monitoramento do rio Paraopeba está sendo conduzido pela ANA, Instituto Mineiro de Gestão das Águas, CPRM e Companhia de Saneamento de Minas Gerais, segundo metodologias e procedimentos normatizados.