A análise do processo de privatização da Eletrobras deve recomeçar e ter novos detalhes e definições após o Congresso Nacional votar uma solução para o risco hidrológico, o que pode ocorrer até o fim do mês ou começo de março. Em caso de aprovação, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, trabalha com o prazo de nove meses para realizar a capitalização. De acordo com ele, o GSF é um assunto mais importante e fundamental para o setor e demanda mais urgência. “Se sair no mês que vem, em dezembro a gente faz ou no começo do ano que vem”, afirma.

Ainda segundo ele, a ideia da capitalização da Eletrobras continua, sem ser uma simples privatização com venda do controle. Ainda não há uma decisão se o projeto apresentado pelo governo anterior, que era relatado pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), será aproveitado ou se partirá para um novo. A avaliação é que se depende da aprovação do Congresso para o êxito do projeto, uma vez que a descotização prevista no projeto é a parte fundamental no processo. Para o executivo, as cotas repassam o risco para o consumidor, o que deve ser retirado.

De 2013 até hoje, a tarifa de energia subiu 100% contra 33% dos índices de inflação, o que, segundo Ferreira Junior, veio devido ao GSF, daí a importância do tema. Ele vê no novo Congresso um clima mais favorável para a aprovação do projeto, puxado pela forte renovação que houve no legislativo. Segundo ele, o congresso deve ser mais sensível a esse tipo de pleito. Estamos vivendo um novo tempo”, avisa. A revisão das garantias físicas das usinas da Eletrobras também deve acontecer e é necessária, para que se certifique a venda da estatal.