A Neoenergia, empresa do grupo espanhol Iberdrola, reportou um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão no ano de 2018 ante pouco mais de R$ 400 milhões de 2017. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 4,6 bilhões, aumento de 47,1% quando comparado com o fechamento do ano anterior. A margem líquida da companhia avançou 3,94 pontos porcentuais, para 6,14%. O crescimento do ebitda, explicou a empresa em seu release de resultados, deve-se, principalmente, pelas revisões e reajustes tarifários das distribuidoras e incorporação da Elektro Holding em agosto de 2017.
A receita operacional bruta no último trimestre do ano somou R$ 10 bilhões, elevação de 5,13%. No acumulado do ano este incremento alcançou 27,98% na comparação com 2017, somando R$ 37,8 bilhões. O segmento de distribuição participou com 91,6% do total.
As distribuidoras da holding (Coelba, Elektro, Celpe e Cosern) encerraram o ano de 2018 com uma sobrecontratação de 3,16%, 3,10%, 2,27% e 2,74%, respectivamente, indicadores que equivalem a 73,69 MW médios, 45,9MW médios e 36,5 MW médios e 16,96 MW médios de sobra contratual.
A energia distribuída pelas concessionárias controladas (soma do mercado livre e cativo) no último trimestre de 2018 foi de 14.805 GWh, aumento de 4,2% em relação ao mesmo período de 2017, principalmente em função do aumento do mercado livre. Quando analisado o ano completo de 2018, o grupo registrou alta de 27,72% na comparação com 2017 ao considerar a incorporação da Elektro. Desconsiderando a variação da Elektro Redes entre os anos analisados, o indicador ficaria positivo em 2,13%. O volume de fornecimento de energia para o mercado cativo foi de 42.939 GWh aumento de 21,56% ante 2017.
Em 2018, a Neoenergia, por meio das quatro distribuidoras do Grupo, alcançou o patamar de 13,8 milhões de consumidores ativos, registrando um crescimento de 1,63%, o que representa 221.093 novos clientes.
No segmento de comercialização foram negociados 1.469 MW médios durante o ano de 2018, um nível ligeiramente superior aos 1.330 MW médios reportados no ano anterior.
A Neoenergia encerrou 2018 com investimento total de R$ 4,1 bilhões. A maior parte desse montante foi destinada à rede de distribuição com R$ 3,6 bilhões, aumento de 14,5% na comparação com o mesmo período anterior. Já os aportes em Renováveis veio logo em seguida com R$ 392 milhões, queda de 51,9% ante 2017. Os investimentos realizados pelas companhias de controle conjunto ou coligadas corresponderam a R$ 284,4 milhões no ano passado.
A dívida líquida da Neoenergia fechou o ano passado em R$ 15,9 bilhões ante os R$ 13,5 bilhões de 12 meses antes. A dívida bruta era de R$ 19,9 bilhões. Aumento de 15% ante dezembro de 2017. A alavancagem pro forma da companhia encerrou 2018 em 3,49x a relação entre a dívida liquida e o resultado ebitda, recuo de 9,21 p.p. quando comparado ao que seria em 2017.