Para alegria de alguns e desencanto de outros, chega ao fim à meia-noite do próximo domingo, 17 de fevereiro, o horário Brasileiro de Verão. Na data que se aproxima serão contabilizados ao todo 106 dias da medida que objetiva a redução da demanda por energia elétrica nos horários de pico, entre 18h e 21h.

Para mensurar os resultados da prática, o Grupo CPFL realizou um levantamento entre suas distribuidoras, tendo registrado uma economia de 64,7 mil MWh nos 679 municípios de sua área de concessão em São Paulo e Rio Grande do Sul, volume suficiente para abastecer 27 mil residências por um ano.

No estado de São Paulo, a CPFL Paulista, foi a concessionária que registrou o maior volume de energia economizado durante o horário de verão 2018/19: 48.561 MWh. Para efeito de comparação, esse montante seria suficiente para abastecer por quatro dias a cidade de Campinas e por 12 dias São José do Rio Preto.

Por sua vez, a CPFL Piratininga registrou economia de 7.060 MWh, volume capaz de abastecer por um dia Santos, Sorocaba e Jundiaí ou por quatro dias a cidade de Cubatão. Já a CPFL Santa Cruz, que fornece energia para 39 municípios em São Paulo, três no Paraná e três em Minas Gerais, contabilizou uma economia de 4.580 MWh, o equivalente ao consumo de nove dias Avaré (SP), três dias de Itapetininga (SP) e sete dias de Ourinhos (SP).

No Rio Grande do Sul, a energia economizado pela RGE foi de 4.585 MWh, o que seria suficiente para atender uma cidade do porte de Caxias do Sul por um dia ou Passo Fundo por dois dias.

De acordo com o diretor de Distribuição da CPFL Energia, Thiago Freire Guth, os resultados apontam para a adoção do horário de verão ser capaz de melhorar o aproveitamento da luz natural e de reduzir o consumo de energia elétrica, principalmente no horário de pico, das 18 às 21 horas. Para o executivo, o deslocamento do horário oficial em uma hora, principal objetivo do horário especial, contribui para mitigar os riscos de sobrecarga no sistema elétrico, no momento em que é mais demandado.

“Com o adiamento dos relógios em uma hora, as cargas das residências e de iluminação pública passam a operar após às 19 horas, quando o consumo industrial já está reduzindo”, explicou explicou Guth.

Já no Distrito Federal, a CEB Distribuição apresentou uma redução de 2,7% da demanda diária por energia, cerca de 30MW. O valor equivale a uma diminuição diária no sistema de distribuição de energia do DF no horário de pico, o mesmo que a carga da cidade de Guará. No último Horário de Verão (2017/18), a redução de demanda no horário de pico havia sido de 18 MW, ou 1,7% de carga total do estado.