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De olho nas oportunidades do mercado de geração distribuída no Brasil, a fabricante de luminárias Ledax anunciou a criação de uma nova divisão de negócios: a Ledax Energy Solutions. Liderada pelos executivos Rodrigo Travi, CEO da Ledax, e Giancarlo Smith da Silva, diretor Técnico da Divisão de Energia Solar, a proposta é oferecer um projeto completo para empresas de médio e grande porte que veem na geração distribuída uma forma de reduzir custos com energia elétrica. A meta da empresa é faturar R$ 8 milhões com as vendas dos sistemas fotovoltaicos de até 5MWp, focando nos estados do Nordeste, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
“É uma meta ambiciosa, mas os números da energia fotovoltaica são ambiciosos”, disse Silva, destacando o grande crescimento da geração distribuída no Brasil nos últimos dois anos.
Com sede na Bahia, a Ledax está no mercado desde 2014, fabricando iluminação em LED para clientes com grande demanda de energia como indústrias, redes de supermercados, shopping centers e hospitais. O foco da empresa é oferecer soluções de iluminação que proporcionem economia de energia.
A iluminação, contudo, representa apenas cerca de 20% do consumo de energia de uma empresa. A geração distribuída é uma forma de ampliar a atuação da Ledax. “Muitos dos nossos clientes entendem o valor dessas soluções mais eficientes e customizadas. Eles começaram a nos procurar também para fornecer energia solar”, disse o CEO da Ledax.
O plano de negócio da Ledax Energy Solutions prevê, inicialmente, a importação dos módulos fotovoltaicos, inversores e estruturas de fixação. Porém, a empresa quer desenvolver e fabricar suas próprias estruturas de fixação e comercializá-las já no segundo semestre deste ano. Essas estruturas, normalmente metálicas, são responsáveis por suportar as placas solares em cima dos telhados.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil conta com 716 MW de geração distribuída, sendo 605 MW exclusivos da fonte solar. O mercado de energia solar no Brasil deve movimentar R$ 5,2 bilhões em 2019, segundo projeções conservadoras da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A associação projeta um incremento de 628,5 MW em geração distribuída e 380 MW em usinas de grande porte.
MUDANÇA REGULATÓRIA
No momento em que a Ledax entra no mercado de geração distribuída, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) discute com o mercado a revisão das regras. A proposta para cobrança pelo uso do fio é a que mais preocupa os agentes, devido ao seu potencial efeito sobre a atratividade e competitividade dos sistemas fotovoltaicos.
Silva disse que a empresa está atenta a essa discussão, mas acredita que qualquer mudança deverá ter impactos apenas a partir de 2020. Rodrigo Travi disse que essa é uma discussão mundial e confia na condução da Aneel. “Nossa competitividade vem do que podemos fazer para reduzir custos. Temos expertise em importação de componentes eletrônicos e estamos desenvolvendo um sistema próprio de fixação dos painéis solares”, concluiu.