A Engie Brasil reportou lucro líquido de R$ 2,31 bilhões em 2018, valor que representa um crescimento de 15,5% na comparação com o ano anterior. O Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 4,36 bilhões, aumento de 24,1%. Também na receita operacional líquida, os resultados foram positivos: R$ 8,79 bilhões, incremento de 25,5% em relação ao ano de 2017.
No quarto trimestre do ano, a empresa registrou lucro líquido de R$ 761,6 milhões, crescimento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2017. A receita somou R$ 2,3 bilhões, alta de 11,4% na comparação trimestral. O Ebitda totalizou R$ 47,1 milhões, queda de 4,5 ponto percentual, considerando a mesma base de comparação. A dívida líquida da empresa alcançou R$ 6,85 bilhões.
Segundo a companhia, o bom desempenho se deve, principalmente, à incorporação das hidrelétricas Jaguara e Miranda às operações realizadas no mercado de curto prazo e aos aumentos tanto de preço médio quanto do volume de vendas. Para o diretor-presidente da Engie Brasil, Eduardo Sattamini, os números confirmam o acerto da estratégia de comercialização, disciplina financeira e gestão proativa do portfólio. “Mais uma vez o nosso time provou uma capacidade de entrega absolutamente fora da curva”, comemora o executivo, em nota enviada à imprensa nesta terça-feira, 19 de fevereiro.
Um dos destaques do ano foi a entrada em operação comercial do complexo eólico Campo Largo (BA) Fase 1, que em dezembro atingiu 100% de sua capacidade comercial instalada, de 326,7 MW. O anúncio dos resultados financeiros contempla a viabilização da Fase 2 do complexo Campo Largo, por meio de negócios firmados no Ambiente de Contratação Livre. No ano de 2018, a companhia também adquiriu os 50% remanescentes da Engie Geração Solar Distribuída, reiterando o seu interesse em ampliar os investimentos em geração de energia renovável e descentralizada.
INVESTIMENTO BILIONÁRIO
Nos primeiros meses de 2019, entraram em operação comercial as quatro primeiras centrais eólicas de um total de 18 que formam a Fase 1 do Conjunto Eólico Umburanas (BA), com capacidade instalada total de 360 MW. A previsão é de que, até abril, todo o conjunto já esteja operando em testes. Juntamente com o complexo Campo Largo, Umburanas forma o maior cluster de geração eólica já implementado pela Engie no Brasil.
Para este ano, estão previstos investimentos de cerca de R$ 1,8 bilhão. Esse valor será destinado à finalização da construção de Umburanas e da termelétrica Pampa Sul (RS); à continuidade da implantação da linha de transmissão Gralha Azul (PR), à construção da Fase 2 de Campo Largo e também à manutenção do parque gerador da empresa.
Outro evento subsequente foi a aprovação, pelo Conselho de Administração da companhia, da proposta de dividendos complementares no montante de R$ 76,7 milhões (R$ 0,0940/ação), que deverá ser ratificada pela Assembleia Geral Ordinária. O total de proventos relativos a 2018 atingirá R$ 2,27 bilhões (R$ 2,785 por ação), equivalente a 100% do lucro líquido distribuível ajustado. O valor por ação já considera o aumento de capital com bonificação de ações, realizada em dezembro de 2018.
No dia 11 de janeiro, a geração das usinas operadas pela companhia, de todas as matrizes energéticas, registrou novo recorde de produção, atingindo 8.277,8 MWh.