A informação de que a privatização da Eletrobras deverá ficar para 2020 não pegou o mercado de surpresa. Essa é a avaliação do Itaú BBA em seu relatório sobre o setor de utilities no Brasil. A instituição financeira coloca que assuntos como a reforma da previdência está à frente na agenda do Congresso Nacional. E que esse assunto deverá levar mais tempo para ser concluído do que o inicialmente esperado e tem prioridade para o governo.

O banco lembra ainda que para avançar, “a capitalização precisará da aprovação do Congresso, e será politicamente cara, já que a Eletrobras historicamente serviu como veículo para os políticos”.

O relatório aponta ainda que a privatização da estatal pode ser uma referência para futuros desinvestimentos pelo governo. Com isso, apontou, a recomendação é permanecer à margem das ações da estatal até o processo de capitalização começar. “Acreditamos que a Eletrobrás poderia valer mais de R$ 100 bilhões após uma capitalização, mais que o dobro do valor de mercado real que é de R$ 48 bilhões”, finalizou o Itaú BBA.