O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico decidiu, em reunião extraordinária realizada nesta sexta-feira, 22 de fevereiro, desligar as usinas térmicas que vinham sendo despachadas fora da ordem de mérito. Os atuais armazenamentos dos reservatórios equivalentes das usinas hidrelétricas do país, as previsões meteorológicas para os próximos dias e as ofertas competitivas de importação de energia a partir do Uruguai e da Argentina, foram os fatores que levaram à decisão que passa a valer a partir da zero hora do sábado, 23 de fevereiro.
Adicionalmente, apontou o MME em nota, o CMSE deliberou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico não deve considerar a oferta de importação de energia do Uruguai e Argentina como recurso adicional, a partir da zero hora do dia 23 de fevereiro, passando a considerar as ofertas semanais de importação conforme critério estabelecido na Portaria MME nº 339/2018.
Por fim, conforme deliberado na 169ª reunião do CMSE, realizada em 1º de junho de 2017, de forma a operar as interligações com critérios de segurança adequados, poderão ser despachadas usinas termelétricas por garantia de suprimento energético nos subsistemas Nordeste e Norte. E ainda reiterou a garantia do suprimento no ano de 2019, destacando que permanecerá reavaliando semanalmente as condições de suprimento do Sistema Elétrico Brasileiro.
Desde o início de fevereiro o governo federal havia autorizado o despacho de usinas com CVU de até R$ 588,75/MWh no Sudeste/Centro Oeste, que na prática permitiu a geração de duas térmicas a UTE Fernando Gasparian  (SP, 572 MW) e da UTE Mário Lago (RJ, 929 MW) que juntas inserem 1.260 MW médios no SIN. Esse volume estava previsto na versão original do PMO para a semana operativa que se inicia no sábado, conforme apresentou o ONS na reunião mensal para tratar da premissas da operação do SIN em março.