A Petrobras interrompeu uma sequência de quatro anos seguidos de prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 25,8 bilhões no ano passado. O resultado, segundo a companhia, reflete, o maior lucro operacional e a melhora do resultado financeiro, resultante de menor despesa com juros originados pela redução do endividamento e de maiores receitas financeiras devido aos ganhos com a renegociação de dívidas do setor elétrico.
A receita de vendas da empresa totalizou R$ 349,8 bilhões, aumento de 23% em comparação ao ano anterior. O montante é consequência de maiores preços dos derivados no mercado interno e das exportações. O ebtida ajustado atingiu R$ 114,852 bilhões, acréscimo de 50%, como resultado das maiores margens nas vendas de derivados no mercado doméstico e das exportações. A margem ebtida ajustado aumentou significativamente, de 27% para 33%. Os chamados itens especiais somaram R$ 10 bilhões, incluindo ganhos com acordos assinados com o setor elétrico, somando R$ 5,259 bilhões.
Os investimentos da empresa somaram R$ 41,246 bilhões e os desinvestimentos resultaram em entrada de caixa de R$ 20,218 bilhões.
Na área de Gás & Energia, o lucro líquido do ano caiu 72% para R$ 1,709 bilhão. O ebtida ajustado ficou em R$ 5,830 bilhões, 10% menor. A receita de vendas cresceu 14% no ano para R$ 45 bilhões. Já os investimentos recuaram 55% para R$ 1,607 bilhão. Enquanto a venda de gás para o mercado não termelétrico aumentou no ano passado em função da melhora na atividade industrial, as vendas para o mercado termelétrico registraram queda. A geração de energia também foi menor em razão do cenário hidrológico favorável. O maior volume de vendas no mercado livre decorreu de oportunidades de novas vendas no mercado de curto prazo. As vendas no ACL subiram 6% para 832 MW médios.