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O deputado federal Zé Carlos (PT-MA) protocolou na última sexta-feira, 22 de fevereiro, representação na Procuradoria Geral da República com pedido de investigação contra o presidente da Eletrobras Wilson Ferreira Júnior e o presidente do Conselho de Administração, José Monforte. O deputado alega que o processo de privatização da estatal está sofrendo interferência de grupos econômicos, através da nomeação de Elvira Presta para ocupar a diretoria de Finanças e Relações com Investidores da Eletrobras. O parlamentar quer que se apure o processo de nomeação de Elvira Presta e o aumento de capital da participação acionária da 3G Radar na empresa. Para ele, há um conluio entre a direção da estatal do setor elétrico e grupos privados.
De acordo com Zé Carlos, Elvira Presta era executiva do Grupo 3G Radar – uma das acionistas da Eletrobras e potenciais interessadas na compra da estatal – e foi indicada em março de 2018 pelo grupo para ocupar o conselho de administração da estatal. Segundo ele, em janeiro deste ano, sem aviso imediato ao mercado, ela foi nomeada diretora de Finanças e RI. “Para o cargo que ela foi nomeada recentemente, é a mesma coisa que colocar um lobo pra tomar conta de um de um rebanho de cordeiros”, disse o deputado, que presidiu a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Eletronorte.
O deputado também diz considerar ‘estranho’ que logo em seguida, no fim de janeiro, a Eletrobras tenha anunciado ao mercado que a 3G Radar aumentou a sua participação acionária de 10% para quase 15% das ações preferenciais. “Isto tem que ser apurado”, avisa.
Em resposta ao pedido da Agência CanalEnergia para um posicionamento, a Eletrobras afirmou que não há qualquer incompatibilidade na nomeação de Elvira Presta como Diretora Financeira e de Relações com Investidores. A estatal revelou possuir um processo de avaliação de candidatos à diretoria robusto. “Todos os diretores e conselheiros atendem rigorosamente à Lei 13.303”. A Eletrobras ressaltou ainda que o processo de elegibilidade de diretores inclui etapas de análise de integridade e conflito de interesses; aprovação dos órgãos federais, como Ministério de Minas e Energia e Casa Civil; aprovação do comitê de elegibilidade do Conselho de Administração e aprovação do Conselho de Administração.