A multinacional ABB reportou nesta quinta-feira, 28 de fevereiro, um lucro líquido de US$ 2,17 bilhões em 2018, retração de 2% quando comparado a 2017. O resultado EBITA operacional da empresa atingiu US$ 3 bilhões, um aumento de 7%, incluindo custos irrecuperáveis de US$ 297 milhões. A margem do EBITA operacional foi de 10,9%, impactada por uma combinação de 250 pontos-base, devido a custos irrecuperáveis, encargos por projetos não essenciais herdados e diluição da GE Industrial Solutions (GEIS), cuja aquisição foi concluída e 30 de junho do ano passado.
A empresa reportou que as soluções digitais do grupo, ABB Ability apresentou total de pedidos 14% maior em dólares. O total de pedidos exibiu tendência de crescimento semelhante em todas as regiões. Os pedidos de base (classificados como pedidos abaixo de US$ 15 milhões) melhoraram 14% em 2018, aumentando em todas as divisões e regiões. As grandes encomendas aumentaram 20%, embora com baixa base comparativa, e representaram 7% do total de pedidos, em comparação com 6% no ano anterior. As ordens de serviço foram 12% maiores e, agora, representam 19% do total de pedidos.

As receitas melhoraram 10% para US$ 27,7 bilhões. A expansão ocorreu em todas as divisões. As receitas de serviços aumentaram 11%, equivalendo a 19% das receitas do grupo. O índice book-to-bill ficou em 1,03 vez em 2018, contra 0,99 vez no ano anterior. O total de pedidos das Américas aumentou 32% em dólares americanos. As encomendas dos Estados Unidos cresceram 38% e também melhoraram no México e no Brasil. Os pedidos de base das Américas aumentaram 37%, índices comparados em dólares.

O fluxo de caixa das atividades operacionais ficou em US$ 2,9 bilhões para o ano, 23% menor. Isto se deve, principalmente, ao menor caixa de operações descontinuadas, bem como a prazos menos favoráveis ​​dos pagamentos de impostos. O capital de giro líquido de US$ 2,6 bilhões ficou em 9% das receitas no final de 2018, comparado a 10% no final do período do ano anterior. As despesas de capital para o grupo foram de US$ 772 milhões durante o ano, no mesmo nível de 2017. O fluxo de caixa livre ajustado de US$ 2 bilhões ficou 31% abaixo do ano anterior.
Em comunicado, o presidente executivo da empresa, Ulrich Spiesshofer destacou que no final de 2018, foi definido “o curso para uma nova ABB como líder pioneira em tecnologia em indústrias digitais. Anunciamos três ações transformadoras para focar nosso portfólio, simplificar e fundamentalmente redefinir nosso modelo de negócios, bem como fortalecer as posições de liderança nos negócios de nossa empresa. Nossa confiança no futuro da ABB está refletida no 10º aumento consecutivo de dividendos, proposto em 0,80 de francos suíços”.
Nessa chamada Nova ABB, a empresa apontou como as principais premissas o foco do portfólio em indústrias digitais através do desinvestimento de Power Grids – vendida para a Toshiba -, a simplificação do modelo de negócios e da estrutura que ficou com quatro empresas alinhadas com os padrões do cliente.