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A Vinci Energies do Brasil, unidade de negócios para área de energia e indústria do grupo francês Vinci, está otimista com o Brasil e está de olho em oportunidades na área de tecnologia da informação. No Brasil desde 2010, uma mudança de estratégia fez o faturamento da empresa saltar de R$ 150 milhões em 2014 para R$ 500 milhões em 2018. A meta para este ano é alcançar um faturamento de R$ 550 milhões no Brasil.
“O Brasil tem demanda e necessidades. As oportunidades existem e estamos preparados para isso. A nossa visão é otimista, de crescimento aqui no Brasil. Queremos continuar crescendo com o que já fazemos e por outro lado olhar oportunidades de compra de empresas no país”, disse Dominique Ferreira, CEO da Vinci Energies do Brasil, em entrevista exclusiva à Agência CanalEnergia.
Em 2018, o grupo Vinci faturou 43 bilhões de euros no mundo, sendo que a Vinci Energies foi responsável por 13 bilhões de euros. O grupo francês atua na construção e gestão de concessões desde 1899, operando em mais de 100 país. No Brasil, desde 2017 é responsável pela operação do aeroporto Luis Eduardo Magalhães, em Salvador, na Bahia.
No Brasil, a empresa atua em duas frentes. A marca Omexom cobre todas as demandas relacionadas a infraestrutura elétrica envolvidas na geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, incluindo autoridades locais. “Estamos muito envolvidos em modernização de PCHs na parte de proteção, controle e comando das usinas”, disse Ferreira. “Na transmissão, também estamos construindo linhas para investidores que ganharam concessões em regime EPC. Na área de distribuição, estamos concentrados em modernização das redes elétricas”, disse Ferreira.
A marca Actemium, voltada para a indústria de óleo e gás, oferece serviços de engenharia que vai desde a manutenção, modernização até retrofit de plataformas de refino e produção. Também desenvolve soluções de automação e modernização para indústria automobilística, cosmética, farmacêutica, papel e celulose, saneamento e mobilidade urbana.
“Na indústria automobilística, estamos vendo uma pequena retomada em comparação ao ano passado. Existe uma demanda crescendo de otimização e modernização das fábricas. Nosso papel é olhar a energia, melhorar a cadeia produtiva, olhar a eficiência energética, propondo equipamentos mais modernos, novas tecnologias, com retorno no prazo mais curto possível. Infelizmente hoje temos que ter retornos rápidos”, disse o executivo.
A Vinci possui uma unidade de negócio chamada Axians, que não está presente no Brasil, e é voltada para área de tecnologia da informação, data center, análise de dados. De acordo com Ferreira, o plano é trazer essa marca para o país, seja através de parceiros, seja por meio de aquisição de empresas ou sociedade com startups. “A nossa ideia é procurar empresas que já estão evoluindo nessa área, ver se há uma possibilidade de virar nosso parceiro ou empresas próprias do grupo. Tenho competências lá fora, posso trazer pessoas, mas são mercados que estão evoluindo tão rápido que não posso montar uma empresa do zero”, explicou o executivo. “Se fala em internet das coisas… não é só um tema de moda, por isso nos queremos acelerar nossa presença no mercado brasileiro nessa área”, completou.
Em Contagem, Minas Gerais, a empresa montou um laboratório voltado para fomentar a inovação. O living lab permite desenvolver soluções, principalmente para cidades, iluminação inteligente, mobilidade, smart grid, indústria 4.0, segurança e monitoramento. Segundo o executivo, o país precisa oferecer previsibilidade e estabilidade das regras para atrair mais investidores estrangeiros. “Como qualquer investidor, precisamos de uma certa estabilidade, regra econômicas que não mudam a qualquer hora, esse é um ponto importante, porque o investimento é sempre de médio e longo prazo.”