A Copel informou em comunicado ao mercado que a unidade geradora UG 1 da UHE Colíder (MT – 300 MW) entrou em operação comercial na última sexta-feira, 9 de março. A turbina da usina localizada no rio Teles Pires, entre as cidades de Nova Canaã do Norte e Itaúba (MT), tem 100 MW de capacidade. De acordo com a Copel, os ensaios de comissionamento da UG1 e os testes finais de confiabilidade foram concluídos com sucesso, atingindo em 2 de março de 2019 o requisito regulatório de 96 horas ininterruptas de geração de energia, o que permite obter a Declaração de Atendimento aos Requisitos dos Procedimentos de Rede Provisória, emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico.
O presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero, ressaltou que a entrada em operação da UHE Colíder representa um marco na história da empresa paranaense. Segundo ele, é mais um passo para o fechamento de um ciclo de robustos investimentos em geração de energia limpa e leva a Copel a um novo patamar de capacidade instalada. Para ele, a usina tem uma importância significativa no cenário nacional, já que o país depende das hidrelétricas para garantir a operação adequada do sistema interligado.
A UHE Colíder, que foi viabilizada em leilão de energia ocorrido em julho de 2010, tem 300 MW e garantia física de 178,1 MW med. Segundo a Copel, as outras duas unidades estão com as obras em ritmo acelerado. A UG2 está em fase de comissionamento com água e a UG3 em fase de montagem eletromecânica. Segundo o diretor de Geração e Transmissão da Cope, Moacir Carlos Bertol, a empresa está atuando de modo de forma organizada para que as outras duas turbinas entrem em operação até maio. O projeto conseguiu financiamento de R$ 1,04 bilhão, cerca de 44% do orçamento total. Até o fim de setembro de 2018, foram liberados cerca de R$ 1 bilhão para a usina. Ainda segundo a Copel, a entrada em operação da UHE Colíder e de outras usinas como a UHE Baixo Iguaçu ( PR – 350,2 MW) e o complexo eólico Cutia (RN – 180 MW) significa uma nova fase para a empresa, com um aumento de aproximadamente R$ 450 milhões na receita operacional.
Com o início da operação, as quatro cidades que tiveram áreas alagadas e o estado do Mato Grosso passam a receber compensação pelo uso dos recursos hídricos para geração de energia. Todos os meses, a Copel passará a destinar 7% do valor da energia gerada para pagamento do benefício, dividido entre os municípios, estado e União. Houve ainda a conclusão de programa de apoio aos municípios para viabilizar a doação de bens e construção de instalações e equipamentos públicos feitos em parceria com as prefeituras – que também receberam repasses diretos: Colíder recebeu R$ 3,2 milhões; Itaúba, R$ 1 milhão; e Nova Canaã do Norte, R$ 1,7 milhão. A UHE também financiou a elaboração dos primeiros Planos Diretores de Nova Canaã do Norte, Itaúba e Cláudia, além da revisão do Plano de Colíder, contribuindo com o planejamento e desenvolvimento sustentável da região.