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O ano de 2019 marca os dez anos de fundação do Grupo Rio Alto que atua no desenvolvimento de projetos de energia renovável, comercialização de energia, construção civil e gestão de ativos e produtos estruturados. O segmento de energia é o mais representativo da companhia, capitaneado pela Rio Alto Energia, e atua exclusivamente com a fonte solar por meio de três projetos viabilizados nos leilões de energia de reserva de 2014 e 2015 somando 93 MWp de potência instalada. Agora prepara novos passos com um novo projeto já desenvolvido e de mesma proporção, mas para o atendimento ao mercado livre.
De acordo com o diretor de Novos Negócios e Estruturações da Rio Alto, Rafael Brandão, esse projeto – Lagoa Tapada (PB) – deverá ter seus primeiros PPAs com clientes assinados e o plano é de que as obras comecem no segundo semestre deste ano. “Estamos em fase final de fechamento de PPAs e assim que assinados começamos a construção. A estruturação financeira está pronta, feita por meio da asset do grupo, utilizaremos parte de capital próprio e outra parte pode ser via financiamento por debêntures de infraestrutura e Banco do Nordeste, com quem já temos um relacionamento dos nossos primeiros projetos, o de Coremas (PB)”, disse o executivo.
Segundo a Rio Alto, o projeto que será destinado ao mercado livre conta com todos os licenciamentos ambientais necessários para o início das obras. Está localizado em uma região em que a média de medição da irradiação normal direta está em 2.202 kWh por metro quadrado ao ano e a difusa é de 690 kWh/m² ao ano.
Nesses 10 anos, contou ele, a empresa acumulou um portfólio de projetos em seu pipeline que soma 600 MW, metade ainda em desenvolvimento. Coremas e Lagoa Tapada estão na mesma região oeste do estado da Paraíba, a cerca de 400 km de distância da capital João Pessoa. Além dos 93 MWp operacionais desde o último trimestre do ano passado, a Rio Alto está com 210 MWp em projetos desenvolvidos e que são habilitados para os leilões de energia nova da Aneel, inclusive para o próximo A-4 que tem a previsão de ser realizado em 27 de junho.
Essa será a segunda fase do projeto, caso a empresa consiga sagrar-se como uma das vencedoras. A primeira foi composta justamente pelos projetos Coremas I a III que somaram R$ 2 bilhões em PPAs nos leilões dos quais participaram. Os valores à época dos certames ficaram entre R$  219,78/MWh no de 2014 a R$ 302,80/MWh no leilão de reserva de novembro de 2015. O investimento nessas plantas foi de R$ 450 milhões, segundo dados da companhia que hoje possui parcerias com a Nordic Power Partners por meio de uma joint venture entre o IFU (fundo soberando da Dinamarca) e a European Energy.
O grupo, explicou Brandão, começou no mercado financeiro com a asset management, depois entrou a Rio Alto Energia porque trabalharam com operações de infraestrutura e energia que já era um nicho  que atraía a empresa. Em seguida veio a construtora que é hoje a responsável pelas obras tanto imobiliárias quando das usinas e aí surgiu a comercializadora para, em suas palavras, fechar o processo completo de negócios em energia.
A Rio Alto Comercializadora, explicou o diretor, tem papel fundamental uma vez que atua de forma a potencializar as sinergias produzidas dentro de casa. Ele explicou que a comercializadora é a ponta de originação de negócios dentro da Rio Alto uma vez que tem contatos com os diferentes perfis de agentes e traz para a desenvolvedora de projetos esses potenciais clientes.

Tanto que em apenas dois anos de atuação, encerrados em 2018, a previsão era a de movimentar 100 MW médios em contratos e gear um faturamento de R$ 200 milhões e para 2019 a projeção é de dobrar esses números, alcançando 200 MW médios e R$ 400 milhões em faturamento. “Nosso perfil é conservador, atuamos na comercialização do lastro físico que o próprio grupo possui”, definiu Brandão.
O grupo ainda começa a dar seus primeiros passos em outro nicho de atuação, o de geração distribuída. A empresa já contabiliza 22 MWp em projetos espalhados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. Na avaliação do executivo, esse nicho da solar apresenta um potencial interessante de crescimento tomando como base a experiência em outros mercados. E por isso, acredita que a expansão pode até mesmo superar da geração centralizada, mesmo com as perspectivas de mudanças nas regras da resolução 482/2012 da Aneel, cuja audiência pública está aberta.

“Acho que será rápida a curva de crescimento da GD, que será o principal driver de crescimento da solar. Em minha opinião, apesar de mudanças, o mercado vai se adaptar, deverá aumentar o payout dos projetos sim, mas o mercado se adaptará à alteração”, avaliou o diretor da Rio Alto.
Aliás, a incursão nos sistemas de GD deve ser apenas mais um passo da companhia nesse nicho. Brandão comentou ainda que a Rio Alto sempre olha para novos caminhos e vê no armazenamento outro mercado que pode ser interessante. Nesse momento, disse ele, não é uma análise aprofundada mas que no futuro é algo que tende a ser viável assim como ocorreu com a fonte solar, tanto para residencial quando para geração centralizada. “Mais cedo ou mais tarde deve mudar bastante o preço e com novas baterias novas vindo por aí acreditamos que é um ótimo caminho. Pode ser que em cinco anos cheguemos a um momento como o da solar hoje”, estimou.