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O ano de 2018 para a Omega Energia terminou com um incremento de 140% na capacidade de geração quando comparado ao encerramento de 2017. A expectativa da empresa é de continuidade em sua expansão no modelo de negócio que é a de aquisição de ativos já operacionais ou que pelo menos estejam já com financiamento e construção em andamento como os parques Delta 7 e 8 que serão incorporados à empresa no futuro. O crescimento deverá manter a participação das fontes em seu portfolio, que está em dois terços para a fonte eólica e um terço solar.
De acordo com o CEO da companhia, Antonio Bastos Filho, a estratégia de aquisições continua até por estar no estatuto social. Mesmo com a estimativa de já ter aplicado os valores captados no IPO realizado em julho de 2017, quando levantou junto ao mercado de capitais cerca de R$ 790 milhões, a empresa está de olho nas oportunidades que aparecem em fontes renováveis. Ele destacou em entrevista à Agência CanalEnergia que para bons projetos não faltam recursos.
“Do ponto de vista prático não deixamos de fazer negócios. Podemos oferecer ações da empresa para a compra de ativos, mas somos diligentes e conservadores em termos de monitoramento de nossa capacidade de investimento”, ressaltou ele. Hoje ele descreve a possibilidade de aportes da Omega como confortável. A empresa, explicou ele, possui uma folga para essas aquisições tomando como base o índice de cobertura de serviço da dívida, que estava em 1,5 vez. “Ou seja, geramos caixa suficiente para pagarmos a dívida e ainda houve uma folga de 50%, esse indicador faz mais sentido para avaliarmos a nossa dívida que é de longuíssimo prazo junto ao BNDES e ao BNB, basicamente”, lembrou o CEO.
Ele colocou como exemplo o negócio que fizeram com o Complexo Eólico Assuruá, anunciado em dezembro que possui 303 MW de potência instalada. Nessa aquisição, lembrou Bastos Filho, a Omega ofereceu ações e que não impactou na capacidade de investimentos da empresa sem a necessidade de comprometimento em obter novos recursos. Ainda nessa negociação foi adquirido o direito de apresentar a primeira oferta sobre mais 2 GW de ativos eólicos e solares em desenvolvimento na mesma região. Assim, a companhia soma 3,8 GW em portfólio que tem preferência na eventual aquisição, os demais projetos estão na carteira da Omega Desenvolvimento. “Esse volume representa quase quatro vezes mais a potência dos projetos que temos atualmente”, destacou.
Ao fechamento de dezembro a Omega detinha 1.145 MW em capacidade contratada, aumento de 668,7 MW. No ano passado os destaques foram, além da aquisição de Assuruá, a conclusão da compra de 50% do Complexo Solar de Pirapora (MG) que possui um total de 321 MW, bem como a transferência de Delta 8 e 9 que somam 97,2 MW em potência na fonte eólica.
Para a Omega, disse o executivo, o ambiente de contratação dos ativos que são alvo das investidas da companhia não é o ponto mais importante, podem ser tanto no ACR quanto no ACL. O indicativo que a geradora afirma atentar mais é a questão da demanda que é o gatilho para que os novos projetos de geração saiam do papel. Mas, comentou ele, o mercado livre é um ambiente que a empresa gosta muito, pois é inexoravelmente, o futuro do setor elétrico por ser mais pujante e permite maior liberdade aos agentes. De qualquer forma, ressaltou, o desempenho da economia é o indicador que mais importa.
Em termos operacionais, a Omega apresentou no trimestre encerrado em dezembro com uma produção 7% menor do que no mesmo período do ano anterior. Essa performance, explicou o CEO, deve-se principalmente ao fato de que os ventos estiveram abaixo da média histórica em decorrência do fenômeno climático La Niña. Apesar disso, a produção de energia da empresa aumentou 58% quando considerados todo o seu portfólio. Ainda assim, disse ele, a produção ainda ficou abaixo do esperado em algo entre 8,5% e 9%, mesmo assim, um volume proporcionalmente maior do que poderia ser verificado ante a disponibilidade do recurso eólico.
“Dado o tamanho da falta de vento em alguns meses nossa performance foi saudável, conseguimos entregar um resultado solido”, definiu ele que se mostra esperançoso diante do fato de formação de El Niño, que favorece a geração eólica dos ativos que opera.
Bastos Filho destacou que essa performance foi possível graças à gestão de portfólio e o hedge de energia que a empresa possui. A diversificação com eólicas no Piauí e Maranhão, bem como os novos ativos e as PCHs que a empresa opera, analisou ele, ajudam a reduzir a incerteza. Inclusive, estimou, quando os ativos recém-adquiridos entrarem no balanço da empresa a complementaridade mostrará ser boa.