O presidente Jair Bolsonaro atribuiu o sucesso de leilão de transmissão realizado no final do governo Michel Temer a sinalizações do governo atual, que tomou posse em janeiro desse ano. “Esse leilão é resultado direto das ações sinalizadas pelo nosso governo, buscando maior liberdade econômica e atração do capital privado para atuar no mercado de infraestrutura”, disse durante cerimônia de assinatura dos contratos de concessão pelas empresas vencedoras do certame.

O leilão foi realizado pela Agencia Nacional de Energia Elétrica em 20 de dezembro de 2018. As empresas vencedoras assinaram os contratos dos empreendimentos nesta segunda-feira, 20 de março, no Palácio do Planalto. Em breve discurso, o presidente lembrou que o governo tem viés de mercado, após criticar a edição da Medida Provisoria 579 em 2012, durante o governo Dilma Rousseff. A MP pretendia reduzir as tarifas em 20%, mas trouxe prejuízo de mais de R$ 100 bilhões, disse Bolsonaro.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou que energia e mineração são vetores do crescimento econômico. Ele disse que o setor energético vai investir R$ 1,8 trilhão nos próximos dez anos, sendo R$ 1,4 trilhão em óleo e gás. Para energia elétrica, estão previstos R$ 400 bilhões em investimentos até 2027.

Transmissão

O leilão de dezembro do ano passado negociou todos os 16 lotes de instalações de transmissão ofertados, com deságio médio de 46%em relação à receita máxima estabelecida no edital. Os projetos tem investimentos previstos de cerca de R$ 13,2 bilhões.

Foram arrematadas 55 linhas de transmissão, com 7.152 km de extensão, e 25 subestações. Os empreendimentos estão localizados nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. O prazo de
conclusão varia de 48 a 60 meses.