A CPFL Renováveis, maior empresa geradora privada de energia renovável do país com 2,1 GW em operação, terminou 2018 com lucro líquido de R$ 118,8 milhões, contra R$ 19,6 milhões registrado no ano anterior. De outubro a dezembro, o resultado foi positivo em R$ 106,8 milhões, contra R$ 51,2 milhões em igual período de 2017.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 1,93 bilhão em 2018, queda de 1,2% na comparação com 2017. No quarto trimestre, foram R$ 516 milhões de resultado líquido, queda de 12,7%.

O Ebitda (geração de caixa equivalente ao lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) terminou o ano em R$ 1,20 bilhão contra R$ 1,22 bilhão em 2017. No quarto trimestre, o Ebitda somou R$ 298,4 milhões contra R$ 354,3 milhões em 2017.

O presidente da CPFL Renováveis, Fernando Mano da Silva, destacou a constante redução da alavancagem da empresa nos últimos anos. A dívida líquida de R$ 1,2 bilhão ao final de 2018 representa uma alavancagem de 3,7x (dívida líquida/ebitda). Um ano antes, essa relação era de 4x. A empresa tem R$ 1,5 bilhão em caixa.

Mano também destacou a operação comercial antecipada da PCH Boa Vista 2 (29,9 MW), cuja energia está totalmente vendida para o mercado livre em 2019. O contrato do mercado regulado começa em 2020, mas a operação foi antecipada em mais de um ano. “Isso mostra o compromisso da companhia de entrega dentro prazo ou antes e dentro do orçamento previsto”, disse em teleconferência nesta terça-feira, 26 de março.

Após dois anos de negociação, a State Grid conseguiu fechar o acordo para compara as ações que estavam com os acionistas minoritários da CPFL Renováveis. A chinesa passou a ter 99,94% do capital social da empresa. No Brasil desde de 2010, a State Grid já investiu cerca de US$ 11 bilhões no setor elétrico.

“2018 foi um ano importante, com entregas relevantes para companhia em termos de resultando, mas também em participações em leilões, fechamento da OPA, entrega de projetos conforme o previsto, muito em linha do que a companhia vem colocando como meta. A gente está bastante otimista em relação a 2019, para continuar nessas perspectivas de resultados positivos e crescimento através da participação em novos leilões”, concluiu o executivo.