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Delineando seu planejamento para 2019, além da manutenção ao seu parque gerador, a Engie trabalha com a previsão de investir R$1,8 bilhão para a construção da segunda fase do Conjunto Eólico Campo Largo e finalização do Complexo Umburanas e da Termelétrica Pampa Sul (RS), além de dar continuidade a modernização da Hidrelétrica Salto Osório (PR) e à implantação da linha de transmissão Gralha Azul (PR), que marca a entrada da empresa no segmento no Brasil.
Na avaliação do diretor-presidente da Engie Brasil Energia, Eduardo Sattamini, o aumento da participação das fontes solar e eólica na matriz energética é irreversível, o que apenas confirma a decisão da companhia em seguir investindo nesse segmento, que segundo ele é feito há mais de uma década. “Continuaremos empenhados em novos projetos, mantendo sempre a disciplina financeira que temos demonstrado nos nossos investimentos”, ressaltou.
Um dos principais focos desse empenho passa pelo desenvolvimento da segunda etapa de Campo Largo, que totaliza 361,2 MW eólicos através de um aporte que pode superar R$ 1,5 bilhão até sua conclusão. O projeto se beneficiará da sinergia com estruturas existentes, como a subestação e a linha de transmissão implementadas pela companhia para atender às primeiras fases deste projeto e de Umburanas I, que totalizam 686,7 MW de potência, e que fará a empresa ultrapassar a marca de 1 GW na Bahia. A energia dessa segunda etapa do Conjunto será totalmente direcionada para o Ambiente de Contratação Livre (ACL), com entrada de operação prevista para 2021.
Já a finalização do Complexo Eólico Umburanas, com capacidade de 360 MW e cujo investimento total soma R$ 1,8 bilhão, está praticamente concluída, restando apenas o parecer da Aneel para a operação oficial iniciar em abril, “por isso estamos declarando de forma geral que a operação começará no primeiro semestre deste ano”, revelou Sattamini. Quanto a possíveis projetos em geração solar, o executivo foi taxativo, afirmando que não há nenhuma iniciativa nesse sentido com previsão para ser iniciada, apenas a expansão do parque de Assu (RN), que já conta com 30 MW em funcionamento.
Outra obra a ser concluída pela companhia é a da UTE Pampa Sul, que está sendo implantada no município de Candiota (RS) e terá capacidade de 345 MW, utilizando o carvão mineral de uma jazida situada no mesmo município como combustível para tal. A produção da térmica será conectada ao Sistema Interligado Nacional pela linha de transmissão de 525 kV construída na subestação Candiota II. “A expectativa é que o empreendimento esteja pronto, testado e gerando energia no final deste semestre”, informou o diretor-presidente, atualizando os números aplicados no projeto para cerca de R$ 2,5 bilhões.
Quanto a modernização de ativos já existentes, a geradora acenou que irá seguir com a iniciativa na Hidrelétrica Salto Osório (PR), empregando recursos na ordem de R$ 180 milhões para atualizar seis unidades, sendo as turbinas 5 e 6 com os empenhos de maior abrangência, tendo o rotor da turbina e o estator do gerador trocados. Os demais hidrogeradores serão modernizados apenas na parte de automação e controle, já que tiveram os estatores atualizados em 2006.
Entrada na Transmissão
O projeto que marca a entrada da Engie Brasil na área de transmissão chama-se Gralha Azul, batizado assim em homenagem à ave-símbolo do Paraná. O objetivo desse sistema é ampliar o fornecimento de energia para a região centro-sul paranaense, através da construção de cinco subestações e ampliação de outras cinco existentes, além de dez linhas de transmissão que irão percorrer 25 municípios em aproximadamente mil quilômetros de extensão.
O prazo de concessão do empreendimento é de 30 anos a partir da assinatura do contrato, que ocorreu no dia 8 de março de 2018. Já o limite para início da operação da linha é 9 de março de 2023, mas a empresa pretende reduzir esse tempo de implantação em pelo menos 12 meses, aplicando cerca de R$ 1,7 bilhão até o término do projeto, previsto para 2022. A obra ajudará na melhoria da rede de transmissão do estado do estado, beneficiando a população não só com a maior oferta de energia, mas com 4 mil empregos que devem ser gerados, segundo estimativas da companhia.