A CPFL Energia obteve lucro líquido de R$ 2,17 bilhões em 2018. Segundo a companhia, o resultado é o maior já registrado e representa alta de 74,2% quando comparado com o registrado em 2017. O desempenho reflete o crescimento nos principais segmentos de atuação da empresa, com destaque para o negócio de distribuição.

A geração de caixa operacional do grupo, representada pelo EBITDA, também foi recorde, somando R$ 5,64 bilhões em 2018. Impulsionado sobretudo pela expansão do EBITDA das distribuidoras, o valor é 16% superior ao registrado em 2017.

No ano passado, o volume de energia distribuída para os clientes nas áreas de concessão cresceu 2,5%, com a ampliação das vendas para todos os mercados. O aumento do volume foi impulsionado pela recuperação da atividade das principais indústrias da área de concessão da CPFL, ligadas a setores como químico e petroquímico, automotivo e metalurgia. Períodos de temperaturas mais altas elevaram o consumo residencial e comercial.

“Em um ano no qual registramos resultados históricos, concentramos nossos esforços em um robusto plano de investimentos e em projetos que gerem valor para a empresa e para nossos clientes, sempre com disciplina financeira”, diz Gustavo Estrella, presidente da CPFL Energia, em nota distribuída à imprensa.

No quarto trimestre do ano, o EBITDA da empresa atingiu R$ 1,35 bilhão, redução de 0,9% na comparação com o mesmo período de 2017. O lucro líquido cresceu 34,7%, para R$ 670 milhões. No último trimestre de 2018, os investimentos da companhia totalizaram R$ 693 milhões.

A empresa investiu R$ 2,07 bilhões em 2018. A maior parte desse valor – cerca de R$ 1,77 bilhão – foi utilizada na melhoria das redes de distribuição. Entre as principais iniciativas, estão a ampliação da rede e da estrutura de atendimento ao consumidor, manutenções, modernização dos sistemas de suporte e projetos de pesquisa e desenvolvimento.

Em geração, a CPFL Energia investiu outros R$ 237 milhões. O principal aporte ficou por conta da entrega antecipada das obras da PCH Boa Vista II. Localizado em Minas Gerais, o projeto entrou em operação em novembro, com capacidade instalada de 29,9 MW.

Para os próximos cinco anos, entre 2019 e 2023, a CPFL Energia prevê investimentos de R$ 11,9 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões serão feitos na área de distribuição. Os valores não incluem eventuais aquisições de ativos e novos projetos.