O lucro de R$ 13,3 bilhões registrado pela Eletrobras não foi positivo apenas para a holding. Todas as controladas da Eletrobras apresentaram lucro em 2018. Os números foram anunciados pelo presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, em teleconferência a analista de mercado realizada na última quinta-feira, 29 de março.
Beneficiada pelo impairment de Angra 3, a Eletronuclear teve lucro em 2018 de R$ 7,7 bilhões, após ter um prejuízo de R$ 543 milhões em 2017. Sem o impairment, ele ficaria em R$ 515 milhões. O segundo maior lucro veio da Eletronorte, que aumentou seu resultado positivo de R$ 2 bilhões no ano passado para R$ 2,7 em 2018. Já Furnas, que em 2017 lucrou R$ 1,42 bilhão, vu seu lucro recuar para R$ 1 bilhão. A Chesf foi outra controlada que manteve o lucro, mas teve forte recuo. De R$ R$ 1 bilhão em 2017 ele caiu para R$ 266 milhões, devido ao IFRS de transmissão. Já na Eletrosul, o lucro de R$ 130 milhões mostra queda em relação ao de R$ 353 milhões do ano anterior.
Dentre as que estavam no vermelho, a Amazonas GT, que será incorporada a Eletronorte ainda este semestre, saiu de um prejuízo de R$ 288 milhões em 2017 para lucro de R$ 167 milhões em 2018. A geradora colocou em operação a UTE Mauá 3 (AM – 590 MW) em 2018. A CGTEE, outra controlada que também será incorporada até junho, mas pela Eletrosul, saiu de um prejuízo de R$ 1,1 bilhão para lucro de R$ 28 milhões.
A privatização de seis distribuidora vai trazer para a Eletrobras a redução de 6.636 empregados. Nas quatro concessionárias que já foram entregues – BV Energia (RR), Cepisa (PI), Ceron (RO) e Eletroacre (AC), já são menos 3.688 empregados. Naquelas que ainda não foram entregues, o número deve ficar em 2.958. A estimativa no Plano Diretor de Negócios e Gestão é que em 2019 sejam 14.275 pessoas, com R$ 3,7 bilhões de custo recorrentes.