Estudo desenvolvido em parceria com o governo alemão sobre o potencial de empregos gerados na área de eficiência energética no Brasil de 2018 até 2030 concluiu que o país precisará ter cinco vezes mais pessoas trabalhando diretamente em projetos desse tipo ao final do período, para cumprir as metas firmadas no Acordo de Paris. O governo brasileiro apresentou na negociação multilateral sobre o clima a compromisso de alcançar 10% de ganhos em eficiência energética no setor elétrico até 2030.

“Essa constatação reforça o fato de que esse setor tende a crescer muito nos próximos anos e que profissionais que se qualificarem para atuar nesse ramo terão melhores oportunidades no mercado de trabalho”, conclui o estudo lançado na semana passada pelo Ministério de Minas e Energia.

O documento mostra que o pais tem 11 mil postos de trabalho em atividades específicas de planejamento e execução de projetos de eficiência energética, quando seriam necessários 27 mil. No total, existem de 130 mil a 140 mil empregos diretos no setor. Em 2030, seriam necessários 450 mil empregos diretos.

“Isso significa que a demanda por profissionais qualificados em EE pode aumentar numa ordem de 5 a 6 vezes nos próximos 12 anos em relação ao nível atual”, conclui o documento. O estudo financiado pela agência alemã GIZ considera o Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica um instrumento importante na coleta de dados sobre empregos no segmento, mas os dados disponíveis ainda são insuficientes.