O consumo de energia subiu 4,6% em fevereiro de 2018. Dados da Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica divulgados nesta sexta-feira, 29 de março, mostram que ele ficou em 41.162 GWh. Até fevereiro, ele cresce 4,4%. No acumulado de 12 meses, a alta ficou em 1,7% e o volume nesse período é de 475.736 GWh. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, que elabora o documento, o aumento repete a tendência que já havia sido sinalizada em janeiro. A região Centro-Oeste liderou no crescimento do consumo, subindo 9,1%. O Nordeste ocupou a segunda posição, com aumento de 6,9%. O Sul ampliou o consumo em 6,5% e o Sudeste, em 4,4%. Apenas a região Norte teve queda, de 9,3%.

A classe residencial, com 12.603 GWh, teve a maior alta dos últimos cinco anos. O crescimento de 9,2% veio após outra forte alta em janeiro. O uso de equipamentos para amenizar o calor fez o consumo subir de modo expressivo no período. As temperaturas altas nas capitais resultaram em aumento superiores às médias em quase todas as regiões. O Sul e o Centro-Oeste lideraram, com crescimento de 13,8% e 12%, respectivamente. O Sudeste teve aumento de 9,8%. O Norte foi a única região que teve recuo nessa classe, caindo 2%.

Na classe industrial, a queda ficou em 2,1%, com 13.575 GWh. Devido ao carnaval, o mês teve dois dias a mais que no ano passado. O maior aumento ficou com o ramo químico, que subiu 5,2% pela fabricação de intermediários para plastificantes, resinas e matéria prima para espumas e lubrificantes, sendo seguido pelo de borracha, com 2,7% e o automotivo, que cresceu 2%. No contraponto, a maior queda ficou com a extração de minerais metálicos, que recuou 16,4%, impactado pela tragédia ambiental da Vale em Brumadinho (MG). Papel e Celulose teve queda de 5,6%, próximo do metalúrgico, de 5,5%.

O consumo comercial, que registrou 8.198 GWh e subiu 7,2%, também teve forte alta assim como o residencial. A justificativa do aumento também veio devido, que puxaram as vendas no comércio varejista. A maior alta foi no Centro-Oeste, de 11,1%. No Sul , o aumento ficou em 10,9%. No Sudeste, o aumento foi de 6,2%, com destaque para São Paulo. A parcela de contribuição ao volume adicional consumido no período no país pelo estado correspondeu a 30%. Lá, as vendas do comércio varejista cresceram 3,1%, dentre as quais o melhor resultado se deu nos artigos de uso pessoal e doméstico, com aumento de 21,3%.