A Light vai trabalhar para reduzir seu endividamento em 2019, disse Luis Fernando Paroli Santos, presidente da companhia, em teleconferência nesta sexta-feira, 29 de março. A dívida líquida da elétrica somou R$ 8 bilhões ao final do quarto trimestre de 2018. A relação dívida líquida/Ebitda ficou em 3,63x, acima dos 3,57x verificado no terceiro trimestre de 2018 e perto do limite de 3,75% estabelecido contratualmente com os bancos credores.
Segundo Paroli, a dificuldade de caixa em 2018 obrigou a companhia a fazer algumas captações, o que fez o endividamento aumentar. A empresa tem R$ 1,88 bilhão em dívidas vencendo em 2019 e mais R$ 1,84 bilhão em 2020, contra R$ 1,68 bilhão em caixa.
Perguntado sobre a possibilidade de um aumento de capital, Paroli disse que a diretoria está trabalhando no sentido de garantir uma diminuição dessa alavancagem. “Acredito que com a diminuição da conta CVA e as ações que estamos tomando temos a possibilidade de diminuir essa alavancagem ao longo de 2019. Mas quando o endividamento é bastante elevado, obviamente que a gente tem mais de uma forma de equacionar esse problema. Vamos trabalhar ao longo do ano nessas opções para ter uma condição mais estruturante para a companhia”, disse.
Ao longo de 2018, a Light manteve a estratégia da melhora do perfil da dívida a fim de reforçar seu compromisso com a liquidez. Entre 2017 e 2018, a Light alongou o prazo médio de amortização da sua dívida de 2,6 anos para 3,5 anos e diminuiu o custo da dívida de 8,70% para 5,51%.