A agência de classificação de risco Fitch Ratings afirmou os ratings de Longo Prazo em Moedas Estrangeira e Local da Energisa em ‘BB’ e ‘BB+’ respectivamente, e seu Rating Nacional de Longo Prazo em ‘AAA(bra)’. A Perspectiva das avaliações é estável. Ao mesmo tempo, a Fitch atribuiu o rating ‘AAA(bra)’ à proposta de 11ª emissão de debêntures da empresa, no montante de até R$ 500 milhões e vencimento em 2026, recursos a serem empregados no programa de investimentos da Ceron e na Eletroacre.
Segundo análise, os ratings do Grupo Energisa refletem o risco de negócio de baixo a moderado do segmento de distribuição de energia brasileiro, que é parcialmente mitigado pela diversificação do grupo por meio de 11 concessões, sendo um dos maiores conglomerados do setor. A ação de rating também reflete a expectativa da Fitch de que os atuais índices de alavancagem consolidada da Energisa, altos para seus IDRs, migrarão para patamares mais adequados a partir de 2020.
O perfil de crédito do grupo também é beneficiado por forte posição de liquidez, baseado em robustos saldos de caixa, cronograma administrável de vencimento da dívida e comprovada flexibilidade financeira. A avaliação leva em consideração a visão consolidada do grupo e a expectativa de que o histórico positivo em termos de eficiência operacional e recuperação de companhias de distribuição de energia deterioradas permitirá melhorias significativas nas recentemente adquiridas Ceron e Eletroacre. Os ratings incorporam o moderado risco regulatório do segmento energético no Brasil, e o fato de o risco hidrológico, embora atualmente mais elevado, não estar impactando negativamente as avaliações.
Para a agência, o fluxo de caixa livre (FCF) consolidado da companhia deverá ser impactado positivamente em 2019 e 2020 pelo reembolso parcial do saldo de ativos regulatórios associados aos custos não administráveis. O cenário-base considerou a recuperação do saldo de CVA de R$ 1,6 bilhão registrado no final de 2018, em dois anos. O programa de investimento relevante, de R$ 2,3 bilhões, e o impacto negativo sobre o EBITDA consolidado causado pela consolidação dos EBITDAs negativos da Ceron e da Eletroacre, deverão pressionar o fluxo da Energisa em 2019. A agência acredita que o FCF ficará negativo em R$ 655 milhões em 2019, já incorporando o reembolso parcial da CVA.