A energia gerada pelas 12 usinas hidrelétricas do Sistema Furnas pagou R$ 113,4 milhões em 2018 na Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), os chamados royalties da água. Deste total, 10% da CFURH foram repassados à União, 65% aos municípios e 25% às administrações estaduais no ano passado. O montante foi pago pela empresa à Aneel, que distribuiu às administrações estaduais e 106 municípios de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, além de órgãos do Governo Federal. Desde 2007, a companhia pagou cerca de R$ 2 bilhões para a Agência pelo uso de recursos hídricos para geração de energia em todo país.
Entre as usinas da companhia que geraram o total de 21,7 milhões de MW médios de energia no ano passado estão Furnas (MG), Batalha e Itumbiara (MG/GO), Funil e Simplício (RJ), Luiz Carlos Barreto de Carvalho e Marimbondo (SP/MG), Mascarenhas de Moraes (SP), Manso (MT), Porto Colômbia (MG/SP) e Serra da Mesa e Corumbá I (GO). A empresa é a terceira no Brasil que mais pagou CFURH em 2018, dentro de um rol de 117 companhias que distribuíram royalties no país.
Com R$ 25,1 milhões, Minas Gerais liderou novamente o ranking dos estados que mais receberam recursos. Goiás manteve o segundo lugar (R$ 16,5 milhões), seguido de São Paulo (R$ 6,3 milhões), Rio de Janeiro (R$ 2,5 milhões) e Mato Grosso (R$ 1,7 milhão). Entre os 106 municípios beneficiados, Niquelândia (R$ 4,03 milhões), em Goiás, além de Tupaciguara (R$ 3,01 milhões) e Frutal (R$ 2,9 milhões), em Minas Gerais, foram os que captaram as maiores quantias.
Em 2018, a Agência Nacional de Águas (ANA) recebeu R$ 166 milhões em compensação financeira. Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) ficou com, aproximadamente, R$ 55 milhões, e os Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia recolheram cerca de R$ 42 milhões cada.
Adicionalmente, Furnas possui participação acionária em usinas que, em 2018, pagaram R$ 164 milhões em royalties da água: Santo Antônio (R$ 89 milhões), em Rondônia; Teles Pires (R$ 42,5 milhões), entre Mato Grosso e Pará; Foz do Chapecó (R$ 17 milhões), entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul; Peixe Angical (R$ 9,6 milhões), no Tocantins; Serra do Facão (R$ 2,4 milhões), em Goiás; Baguari (R$ 2 milhões), Retiro Baixo (R$ 890 mil), em Minas Gerais e Três Irmãos (9,9 milhões), em São Paulo.