fechados por mês
eventos do CanalEnergia
mantenha-se informado
sobre o setor de energia.
Previsto para entrar em operação em janeiro do ano que vem, o preço horário tem como maior desafio o convencimento dos agentes da sua importância para o setor. Em apresentação realizada no 10º Workshop / CanalEnergia, realizado nesta terça-feira, 2 de abril, o gerente de projetos da PSR Celso Dall’Orto ressaltou seus benefícios para o setor e que ele ainda pode ser aprimorado posteriormente a sua implantação. “Mesmo que em um primeiro momento não se detalhe todo o sistema no modelo, podemos colocar os pontos fundamentais na formação do modelo agora e evoluí-lo, como já foi feito com outros modelos computacionais”, explica.
Segundo Dall´Orto, o panorama do sistema brasileiro de anos atrás não pedia a implantação do preço horário, uma vez que o país tinha muito reservatórios de acumulação. Com a construção de UHEs a fio d’água e a forte inserção de eólicas, ele se mostrou imperativo. Segundo ele, no despacho há grandes ganhos quando se aumenta o detalhamento da representação do sistema. Atualmente, o ONS transforma a decisão por blocos em uma sequência de decisões operativas e a diferença é repassada em encargos do sistema. “No longo prazo, a formação do preço horário é bem mais robusta para o sistema e bem mais econômica para todos”, salienta.
O impacto do preço horário vai depender do perfil de geração de cada agente. Ele pode trazer benefícios para UHEs e consumidores livres, passando até por geradores térmicos, enquanto eólicas e solares sofrerão impactos. “No futuro, vai depender de como os sinais de preço vão ser percebidos pelos tomadores de decisão”, avisa.
Foi feita uma previsão com cenários de preços para os anos de 2020, 2025 e 2035. Em 2020, com grande sobra no sistema e CMO baixo, o panorama não muda muito. Em 2025, o preço começa a ficar mais volátil e tem o aumento da geração solar. Já em 2035, a solar já está definida e a eólica vem com forte variação. Isso faz com que o preço tenha um perfil mais sazonal, com mais modulação e venha com valor mais baixo no fim de semana, mostrando oferta de demanda. “Em 2015 os preços ficam mais voláteis, variáveis e mais baixos” frisa.
O ano de 2019 está sendo usado para operação sombra do preço horário, como uma fase de testes antes dele entrar em vigor. CCEE, ONS e agentes tem procurado aumentar a interação de modo a mitigar as dúvidas existentes.