A Siemens fechou acordo para a construção de uma nova usina de ciclo combinado em regime turnkey para o projeto integrado de GNL da Gás Natural Açu (GNA 1) em Porto de Açu, Rio de Janeiro. Segundo comunicado, a multinacional alemã está fazendo um investimento de capital e detém um terço da GNA, que é responsável pelo projeto, juntamente com a Prumo Logística e a BP. Além disso, a Siemens assinou um contrato de serviços de longo prazo para operar e realizar a manutenção da usina para ajudar a garantir confiabilidade, disponibilidade e desempenho operacional.
Segundo a Siemens este é o primeiro projeto no Brasil a utilizar a turbina a gás classe-H, cuja promessa é de entregar alto nível de eficiência. Com uma capacidade de cerca de 1,3 GW. O valor total do projeto é de aproximadamente R$ 4,5 bilhões.
A construção do projeto começou em 2018. Projetado para iniciar operações em 2021, a GNA 1 terá capacidade de fornecer energia para uma cidade de até 4 milhões de habitantes. Em comunicado, a empresa ressaltou que a participação na GNA demonstra o compromisso da Siemens com novas estratégias comerciais que respondem aos crescentes desafios de um mercado de energia cada vez mais exigente. E ainda, que o projeto GNA 1 valida claramente o conceito abrangente de GNL-para-Energia, sendo que no futuro poderá ser visto outros negócios nesse mesmo modelo aplicado.
Além da usina, o projeto inclui ainda um terminal de regaseificação de GNL, uma subestação e uma linha de transmissão para conectar a usina à rede. A Siemens desenvolveu o projeto junto com a BP e a Prumo, e está construindo a usina de ciclo combinado em consórcio com a construtora Andrade Gutierrez. No projeto, a empresa alemã é a responsável pela entrega da ilha completa de potência com três turbinas a gás classe-H, uma turbina a vapor, quatro geradores e caldeiras de recuperação de calor (HRSG) e sistemas de instrumentação e controle. A empresa também fornecerá serviços, operação e manutenção (O&M) de longo prazo à usina. O escopo dos serviços inclui monitoramento e diagnóstico remoto avançado, que é parte do portfólio da Siemens Digital Services.
Em dezembro de 2017, a subsidiária do projeto, GNA 2, saiu vencedora em um leilão de energia nova e, em meados de 2018, o Ministério das Minas e Energia outorgou a implantação de uma segunda termelétrica no Porto de Açu. Com uma capacidade total de 3 GW, Açu será o maior complexo termelétrico da América Latina. A segunda fase incluirá projetos adicionais de termelétricas dentro da licença ambiental de 6,4 GW que a GNA possui.