A Eletronuclear vai requerer à Comissão Nacional de Energia Nuclear a extensão por mais 20 anos da licença de operação da usina nuclear de Angra 1 (RJ – 640 MW). O pedido será formalmente encaminhado pela estatal ao órgão regulador das atividades nucleares no país em outubro deste ano, exatamente cinco anos antes do término da validade da licença atual, conforme determina a regulação vigente. A LO de Angra 1 foi emitida em 1984, quando do início do funcionamento da unidade, e é válida por 40 anos. Com a extensão a licença, a usina poderá operar até o fim de 2044.
“Esse pedido de extensão é um marco para a Eletronuclear”, resume o presidente da empresa, Leonam Guimarães, que participou nesta quinta-feira (4) do World Nuclear Spotlight Brazil, evento internacional da área que ocorre no Rio de Janeiro. Segundo ele, o prorrogação do funcionamento da termonuclear por mais 20 anos, a partir de 2024, irá demandar da companhia investimentos da ordem de R$ 1 bilhão pelos próximos cinco anos. O recurso, explicou o executivo, será necessário para garantir a continuidade do uso de todos os equipamentos da usina, como cabos elétricos.
Guimarães observa que os investimentos mais vultuosos em Angra 1 já foram feitos, entre os quais a troca dos geradores de vapor, em 2009; a troca do tampo do vaso do reator, em 2013; e a troca dos transformadores, em 2017. “Angra 1 vai se estabelecer como um dos megawatts mais baratos do país, considerando a potência instalada de 640 MW e o fator de capacidade de 90%”, observou, salientando que o requerimento de extensão da licença de operação será apresento à CNEN junto com uma ampla documentação técnica que já sendo elaborada pela empresa. A regulação é baseada pelas normas norte-americanas, que foram adotadas pela Comissão para esse propósito.