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Com meta de crescer até 20% em 2019, a Indra vê no impulsionamento dos smart grids um bom vetor para alcançar essa meta. A empresa de Tecnologia da Informação já vem experimentando bons resultados na área de utilities nos últimos anos. De acordo com Rubens Del Monte, head de utilities da empresa, as oportunidades estão aparecendo. “Vemos que começa a tomar um impulso forte, saindo do âmbito dos projetos P&D e indo já para grandes projetos de fato estruturantes para as distribuidoras”, explica.

As recentes privatizações e aquisições que ocorreram na distribuição brasileira se transformaram em oportunidades para a Indra. Por ser parceira global para da Enel, ela ganhou contratos em Goiás e São Paulo. Del Monte revela ainda conversas com a Oliveira Energia, que levou as distribuidoras do Amazonas e de Roraima. Segundo ele, essas empresas vão necessitar de investimentos para coibir as perdas de energia, que são muito altas. “Isso envolve todo tipo de solução e serviço que eles vão precisar para atender a meta do regulador, assim abre bastante o leque do serviço”, explica.

O executivo vê na evolução da tecnologia e no crescimento da geração distribuída no Brasil oportunidades de negócios para a empresa. Na Austrália, Del Monte conta que a penetração de sistemas fotovoltaicos em algumas regiões chega a 50% das residências. Por lá, a Indra atua em um projeto para o maior campus universitário do país funcionar com uma rede 100% isolada do microgrid.  A solução da empresa vai trabalhar na medição que controla o balanceamento da rede. “Vamos fazer todo o sistema de gerenciamento que vai controlar a geração fotovoltaica e eólica quanto a demanda e o gerenciamento disso, com as baterias de armazenamento”, aponta.

Com um portfólio amplo, a Indra trabalha em áreas como serviços de TI e manutenções de sistemas. A empresa vê bastante espaço no mercado para a baixa e média tensão. Ela também vem trabalhando com soluções para GD e tem uma parceria com a Intel para os equipamentos da linha ‘edge’, que lidam com processamento na ponta. Ela também trabalha com o conceito da internet das coisas nos equipamentos, com maior capacidade de monitoramento e maior tomada de decisões na rede de baixa tensão. Ainda há um foco muito grande em religadores e na média tensão.

O Brasil é o maior mercado da Indra no mundo fora da Espanha, seu mercado original. Segundo Del Monte, em termos de volume, o Brasil é quase o somatório de todos os países da América Latina. Ele lamenta a não realização do plano nacional de troca de medidores anunciado em 2010, que fez com que empresas viessem para o Brasil e acabou gerando frustrações por conta da sua não realização. Para ele, a pressão por melhoria nos indicadores de qualidade está movimentando o mercado, com a baixa tensão começando  a ganhar volume.

As concessionárias de energia estão bem à frente das de água e gás na seara das soluções para medição inteligente na opinião do head da Indra. Para ele, o fato de que as concessionárias de água muitas vezes são ligadas a municípios e as de gás a estados, a passo que as elétricas estão regidas pela Aneel, que tem forte regulação, coloca essas últimas em vantagem. “Há diferença de capacidade de investimento frente a uma empresa de energia”, avisa.