As chancelarias do Brasil e do Paraguai avançaram nas negociações para a construção de uma solução sobre a contratação da potência de Itaipu até 2022. As altas partes se reuniram na usina na última quinta-feira, 11 de abril. Segundo comunicado, uma nova reunião, ainda sem data, deve ser agendada para finalizar as negociações.
As discussões ocorrem porque a Eletrobras e a Ande (estatal paraguaia) não chegaram a um acordo sobre a contratação de potência de Itaipu para 2019. Sem esse entendimento, alguns compromissos da Itaipu poderão ser prejudicados, como o pagamento dos royalties aos dois países, a dívida da construção e, até mesmo, a remuneração pela energia cedida pelo Paraguai ao Brasil.
A definição de um cronograma de contratação de longo prazo garantiria o recebimento das receitas necessárias para o pagamento das obrigações financeiras de Itaipu até a renegociação do Anexo C do Tratado de Itaipu, em 2023, quando a dívida estará totalmente quitada.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, face o papel estratégico e econômico para os dois países, são grandes as chances de os governos chegarem a bom entendimento. E ainda, mesmo diante desse impasse, a produção de energia elétrica da usina não está sendo afetada. O aproveitamento da água está em quase 100% para a geração de energia.