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Em 2019, a fornecedora de soluções para utilities Itron aposta na consolidação das suas soluções para os mercados de energia, água e gás em uma só. Antes separadas dentro dos seus mercados, suas estruturas agora serão divididas em segmentos de dispositivos independente do mercado. De acordo com Alexandre Soares, engenheiro de vendas da Itron, a junção de ferramentas de análise permite que as distribuidoras tenham ganhos como melhor conhecimento dos dados coletados, aumento da receita e eficiência operacional. “É uma solução que vai servir para os vários segmentos, para as várias camadas de comunicação, de conectividade, com as ferramentas de gerência e controle de análise dentro do sistema da distribuidora”, explica.
Segundo Soares, as soluções são baseadas em padrões abertos, o que ele considera importante, uma vez que o cliente poderá interoperar com soluções de outros fabricantes. Ainda segundo ele, o mercado já vinha pedindo um tipo de recurso desse jeito há algum tempo. A vantagem de agregar as soluções, já que as concessionárias geralmente não têm o mesmo controlador, é que as utilities podem partir do conceito de plataforma e oferecer prestação de serviços a temas relacionados, com iluminação pública, estacionamentos e controle de semáforos. “Há parceiro interessados em promover a conectividade, começar a agregar à internet das coisas”, avisa.
No Brasil, a CPFL usa soluções da Itron na sua infraestrutura de distribuição que são em códigos abertos no padrão Wi Sun, uma espécie de aliança global para avanço na interoperabilidade de redes de serviços e comunicações inteligentes, criando padrões acertados e um programa de teste e certificação. Embora a Itron já tenha 30 mil pontos da CPFL sob o seu sistema, Soares ainda vê projetos de escala pequena sendo desenvolvidos no mercado e receios em uso de tecnologia, uma vez que não há incentivos, só a distribuidora arca com os investimentos. “Ela só pode investir onde tem uma dor muito séria, como clientes industriais e comerciais”, avisa.
A plataforma da Itron também permite que a infraestrutura de cidades inteligentes possa ser agregada. Parceiros podem incorporar módulos de comunicação da Itron e desenvolver sensores dentro dessa estrutura e pulverizar a cobertura e abrangência da rede da empresa. Para ele, a cidade inteligente ainda não é um negócio no Brasil. Apenas na área de iluminação pública ela se viabiliza, podendo servir como pontos de conexão para outros sensores, impulsionando-os.
O gerente vê oportunidades de negócios para a empresa com a evolução tecnológica e o crescimento da geração distribuída no Brasil. Para ele, há uma tendência mundial de consumidores desejarem reduzir a sua tarifa por meio de uma energia limpa, o que vem popularizando a GD. As variações na rede e a necessidade de monitoramento das concessionárias potencializam os negócios. “A tecnologia é o melhor meio para que a distribuidora tenha percepção do que está acontecendo dentro da estrutura e possa de forma conjunta monitorar esse cliente final. A rede elétrica tem que estar preparada com tecnologia”, aponta.
O aspecto da segurança é considerado como fundamental, uma vez que há informações sensíveis circulando pela rede. É preciso que a proteção de cada etapa de comunicação seja garantida. Para ele, os grandes fabricantes já atuam nessa direção dos ambientes seguros. “Não só a Itron, mas os grandes fabricantes têm essa preocupação e a percepção de que se não houver meio de barrar ataques na ponta e isolá-los, pode colocar tudo em risco”, alerta.
Soares vê também nas privatizações de distribuidoras que aconteceram nos últimos anos boas oportunidades de negócios para a Itron. Esses novos negócios devem vir A preocupação dos novos controladores com a qualidade nas áreas de concessões deve dar novo fôlego ao novo mercado. “Sem dúvida deve haver melhoras em termos de alcance e melhor oferta de energia e mais qualidade com um universo maior de clientes”, diz.