A carga de energia do Sistema Interligado Nacional verificada em março caiu 2,2%, em relação ao mesmo mês do ano anterior. Foi registrado o volume de 69.109 MW médios no período. Com relação ao mês de fevereiro a queda ficou em 3,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, a carga do SIN está no campo positivo de 2,2% em relação ao mesmo período anterior. Os dados preliminares constam do Boletim de Carga Mensal publicado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, divulgado nesta quinta-feira, 18 de abril.
Em sua análise, o ONS destacou que o menor número de dias úteis em relação ao mesmo mês do ano anterior e a continuidade do ritmo lento da indústria, mesmo depois de ter conseguido, enfim, equilibrar seus estoques no mês anterior, explicam o resultado da carga no mês de março. E ainda, que todos os subsistemas, com exceção do Nordeste, apresentaram variações negativas quando comparados a março do ano passado.
Para o maior subsistema do país, o sudeste/centro-oeste, a carga de energia verificada em março recuou 3,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado da carga ajustada, com variação negativa de 1,1%, avaliou o Operador, sinaliza que os fatores fortuitos (menor número de dias úteis em relação ao mesmo mês do ano anterior) contribuíram negativamente com 2,2% na variação da carga. No acumulado dos últimos 12 meses o subsistema apresenta crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período anterior.
No sul, houve queda de 2,3% ante o mesmo período de 2018. O ONS explica que essa variação deve-se, principalmente aos fatores fortuitos. Sem isso a carga apresentaria crescimento de 0,3%. Com relação ao mês de fevereiro foi verificada variação negativa de 6,4% na carga. No acumulado dos últimos 12 meses o subsistema apresentou crescimento de 2,8%.
Já no nordeste houve crescimento de 2,2% em março de 2019 quando comparado a 2018. A variação positiva de 3% da carga ajustada mostra que os fatores fortuitos contribuíram negativamente com 0,8%. De acordo com o ONS, apesar do menor número de dias úteis em relação ao mesmo mês do ano anterior, a ocorrência de muita nebulosidade e precipitação em toda costa leste da região, contribuiu para a taxa de crescimento de 2,2% apresentada por esse subsistema. Adicionalmente, houve a redução temporária do consumo de um consumidor industrial conectado na Rede Básica. Com relação a fevereiro a variação foi negativa em 3,3%. No acumulado dos últimos 12 meses a variação ficou positiva em 3,2%.
O subsistema norte apresentou uma variação negativa de 2,1% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior. A manutenção da carga reduzida de um consumidor livre da Rede Básica desde meados de abril de 2018 tem impactado negativamente as taxas desse subsistema. No acumulado dos últimos 12 meses, o norte apresentou uma variação negativa de 2,9% em relação ao mesmo período anterior.