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Para melhorar a qualidade no fornecimento de energia, ter uma gestão de ativos eficiente e ainda atingir as metas de desempenho financeiro, o setor de distribuição de energia terá que investir em novas tecnologias, diz Julio Omori, superintendente de Smart Grid e Projetos Especiais da Copel.

A Copel Distribuição investiu, em 2018, R$ 696 milhões. Parte deses investimento foi em novas tecnologias e sistemas de automação e comunicação, subestações e obras de melhoria e de reforço na rede elétrica do Paraná. Para 2019, a previsão é  investir R$ 835 milhões na rede de distribuição.

Segundo Omori, os investimentos em automatização de rede elétrica já produzem efeitos concretos. A empresa tem investido em religadores monofásicos. Foram adquiridos 12.565 religadores monofásicos, num investimento de aproximadamente R$ 134 milhões. São equipamentos instalados em pontos estratégicos da rede que têm contribuído de maneira significativa na melhoria dos indicadores de qualidade de energia. “Onde a gente fez a instalação tivemos um ganho da ordem de 40% na interrupção permanente e duração equivalente”, diz o executivo, destacando que há mais de 15 mil equipamentos do tipo em operação na área de concessão da Copel.

Omori explica que esses equipamentos tem duas funções. Quando instalados em ramais laterais, têm a função de promover o religamento automático da rede elétrica em casos de interrupções passageiras, como um galho de uma árvore que toca a rede e provoca um curto-circuito. Se fosse uma chave fusível, um evento como esse exigiria o envio de uma equipe para substituição do componente queimado. Mais de 80% dos curto-circuitos são transitórios. A taxa de sucesso de um religador é de 50%.

Essas novas tecnologias vão nos pressionar. Mas é uma pressão positiva. Enxergamos como oportunidades de quebrar paradigmas, atingir níveis de eficiência superior e compartilhar com o consumidor os benefícios e eventualmente buscar novos negócios.

Quando o religador é instalado em um tronco trifásico, tem a função de seccionar um alimentador. Em caso de falha na fonte principal, o conjunto é capaz de restabelecer o fornecimento por um circuito alternativo de alimentação, o que aumenta a confiabilidade do sistema como um todo. Quando há um defeito, a tecnologia também é capaz de definir com um certo grau de precisão a área onde se encontra o problema. “Eu diria que nenhuma a distribuidora do Brasil tinha implantado um sistema como esse até 2010. Só agora algumas empresas estão começando a implantar esse sistema em escala”, observa Omori.

A empresa também tem investido em sistemas de telemedição de dados de energia. Esses sistemas são constituídos por equipamentos instalados junto aos medidores de energia das unidades consumidoras, os quais enviam informações de consumo para os softwares instalados em servidores da Cope. Além da obtenção das informações de consumo, os sistemas de telemedição também possibilitam o monitoramento do uso da energia elétrica, emitindo alarmes quando situações anômalas ocorrem, contribuindo, assim, para a detecção de defeitos e procedimentos irregulares na medição e reduzindo as perdas comerciais da Copel. Até o fim de dezembro de 2018, a Copel possuía cerca de 95% de suas unidades consumidoras do grupo A telemedidas e monitoradas.

Em dezembro, um projeto piloto de redes inteligentes foi concluído na cidade de Ipiranga. No projeto, forram investidos cerca de R$ 8 milhões. Ipiranga, no Centro-Sul do Estado, com mais de 5 mil unidades consumidores, se tornou a primeira cidade do país a ser inteiramente coberta por medidores inteligentes. A mesma experiência será replicada em São José dos Pinhais em 2019, que envolvem a automação 127.000 pontos de medição.

CENTRO DE EXCELÊNCIA

No final de 2018, a Copel inaugurou um no centro integrado de operações e serviços no bairro Novo Mundo, em Curitiba. A unidade centraliza toda a operação da companhia que era feita em cinco regiões do Estado e aplica o que há de mais avançado em tecnologia para atender o futuro do sistema elétrico, como redes inteligentes e sistemas de armazenamento e geração distribuída.

Segundo Omori, o centro foi preparado para absorver todas essas novas tecnologias. No momento, a empresa está com um processo de licitação para realizar a substituição dos softwares de controle, para que a Copel tenha o estado da arte em tecnologia de análise e processamento de dados.

“Fizemos várias provas de conceito e o futuro é investimento pesado em software que transforme esses dados que estão vindo em ações que possam ser de interessante da corporação. Dei o exemplo de redução de perdas e eficiência energética, mas também na gestão de ativos, prolongar a vida do ativo, antecipar falhas, isso e fundamental para eficiência”, disse o executivo.

“Essas novas tecnologias vão nos pressionar. Mas é uma pressão positiva. Enxergamos como oportunidades de quebrar paradigmas, atingir níveis de eficiência superior e compartilhar com o consumidor os benefícios e eventualmente buscar novos negócios”, completou.