A atual gestão brasileira de Itaipu informou ter alcançado a redução de gastos em mais de R$ 42 milhões. As ações estão centradas em gastos realizados com convênios considerados sem aderência à missão da usina. A economia será aproveitada em obras estruturantes e em outras parcerias com impactos sociais mensuráveis. A binacional destacou em comunicado que nenhuma das medidas afeta a região Oeste do estado do Paraná, área de influência da empresa.
O presidente da estatal, general Joaquim Silva e Luna, determinou a reavaliação de diversos convênios. Os que foram considerados fora dos padrões estabelecidos pela nova diretoria foram cancelados. Um dos exemplos foi o corte do repasse de verbas para o convênio com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que promove o VII Fórum Jurídico de Lisboa, de 22 a 24 de abril, em Portugal. O convênio foi assinado em novembro do ano passado. No mês seguinte, foram repassados R$ 2,5 milhões à fundação.
Itaipu permanecerá revisando todos seus contratos, convênios e patrocínios a fim de adequá-los à política de austeridade adotada desde que a atual gestão assumiu o cargo, seguindo diretrizes do governo brasileiro. “Todas as medidas têm como premissa respeitar os bons preceitos da administração pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, conforme previsto no Artigo 37 da Constituição Federal. Os convênios e patrocínios que não se enquadrarem à nova política de austeridade serão suspensos”, destacou Itaipu em comunicado.
A reavaliação das prioridades nos gastos de Itaipu, determinada por Silva e Luna, tem como objetivos básicos: não onerar o custo da energia elétrica, em respeito ao consumidor brasileiro; investir na atualização tecnológica da usina; e dispor de recursos para dar início à construção da segunda ponte entre Brasil e Paraguai, prevista para começar ainda no primeiro semestre deste ano.