A Neoenergia, empresa controlada pelo grupo espanhol Iberdrola, reportou um lucro líquido de R$ 509,7 milhões no primeiro trimestre de 2019, um aumento de 69,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 1,3 bilhão no mesmo período, aumento de 28% ante o obtido de janeiro a março de 2018. A margem líquida da empresa somou 7,18% – aumento de 1,75 ponto porcentual – e a margem ebitda ficou em 29,9%, uma retração de 2,98 p.p. na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
A receita operacional bruta cresceu 27,17%, para R$ 10,4 bilhões. A empresa explicou em seu release de resultados que a expansão tanto do ebitda quanto da receita se deve, principalmente, às revisões e aos reajustes tarifários das distribuidoras, e também ao crescimento do mercado. Esse segmento de atuação foi o responsável por 93,2% da receita bruta total da companhia.
No total, a Neoenergia somou 13,9 milhões de consumidores em suas concessionárias de distribuição. O volume de energia distribuída, somando o ACL e o ACR, ficou 5,82% acima do reportado no mesmo período de 2018 com 14.824 GWh, sendo que no mercado regulado o crescimento ficou em 5,64% e no livre 6,41%.
Entre os indicadores operacionais, a empresa destacou a melhora no indicador DEC para as distribuidoras Coelba e Celpe, que apresentaram reduções de 37,93% e 35,04%, respectivamente. Com isso, todas as distribuidoras do grupo estão enquadradas dentro do limite regulatório. Por outro lado, as perdas estão acima do limite na Coelba e na Celpe, enquanto na Cosern e na Elektro estão abaixo do estão abaixo do estabelecido pela Aneel.
O Grupo Neoenergia encerrou o primeiro trimestre com investimento total de R$ 1,1 bilhão, montante que compreende todos os investimentos realizados pelas companhias controladas e consolidadas, bem como os realizados pelas empresas não controladas pelo grupo. Esse valor é 74,72% acima do reportado um ano antes. O maior foco dos aportes foram em redes com mais de R$ 1 bilhão.
A dívida bruta consolidada da Neoenergia, incluindo empréstimos, debêntures e instrumentos financeiros, foi de R$ 19,8 bilhões e a dívida líquida ficou em R$ 16,6 bilhões. O indicador de alavancagem ao final de março medido pela relação entre dívida total líquida sobre o ebitda passou de 3,49 vezes em 31 de dezembro de 2018 para 3,43 vezes.