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A eventual falência da comercializadora Linkx não inviabilizará a construção de usinas eólicas nas regiões Norte e Sul do país, garantiu o presidente da MDF Energia & Agronegócio, Edimar Borges de Freitas, que falou com exclusividade com a Agência CanalEnergia nesta quarta-feira, 24 de abril.
“Estamos desenvolvendo independente deles, temos funding para isso”, afirmou o executivo, que informou que o contrato da Linkx é apenas um dos oito firmados. “Conheço bem o pessoal da Linkx, por incrível que pareça as pessoas não tem noção de quem eles são. Na realidade houve um pequeno erro de avaliação e acho que eles vão sair dessa”, completou.
Na semana passada, a Linkx entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo. Entre os argumentos, está que o contrato com a MDF “mudará completamente o seu status frente ao mercado de energia elétrica”, passando de “simples comercializadora, para um agente gerador de energia elétrica”.
Em 10 de abril, Linkx e MDF firmaram um contrato de compra de venda de energia. A comercializadora comprou 148,2 MW médios de diferentes parques eólicos, com prazo de suprimento iniciando em julho de 2020 e terminando em dezembro de 2039. O contrato, segundo a Linkx, está avaliado em R$ 1,2 bilhão e é considerado estratégico para recuperação econômica e financeira da comercializadora, afetada pela volatilidade não prevista entre o final de 2018 e começo de 2019.
A Linkx pagou R$ 1,66 milhão a título de adiantamento para implementação das usinas eólicas. “O potencial do refeito contrato é avaliado em R$ 1,26 bilhão e tem, inegavelmente, caráter transformador e capaz de assegurar segurança energética para o Grupo Linkx-Indeco, que passará a contar com uma fonte fixa e estável de geração de energia”.
“Como a gente está no mercado a muito tempo, esse não é o maior contrato nosso”, disse Freitas. “Quem paga as nossas contas são bancos externos, nem banco brasileiros são. Como a nossa empresa é muito antiga, nossos parceiros são todos externos, a Linkx é um dos nossos oito contratos”, arrematou o executivo da MDF, sem querer dar detalhes sobre os projetos eólicos.
No pedido de recuperação judicial, a Linkx incluiu outras três empresas administradas pela Família Santoro, com atuação na prestação de serviços para áreas de energia e água. “Porém, sem a proteção da recuperação judicial, o que resultaria na falência da Linkx, o contrato em questão seria desfeito, e esse relevante ativo perderia completamente o seu valor, o que não seria prejudicial apenas para as requerentes, mas também para toda a coletividade de credores (que não teriam outra forma de receber os valores devidos) e para a contratante, MDF (pois o contrato celebrado entre a MDF e a Linkx foi essencial para o início e desenvolvimento do projeto”, argumentou a Linkx.