A Enel SP – novo nome da Eletropaulo – melhorou seus resultados financeiros no primeiro trimestre de 2019, na comparação com os do mesmo período do ano passado. Balanço divulgado na última quarta-feira (24) pela companhia mostra um lucro líquido de R$ 69,1 milhões entre janeiro e março deste ano, contra um prejuízo de R$ 5,4 milhões nos três meses de 2018. De acordo com a Enel SP, a melhora vem da melhor performance operacional e do reconhecimento de receitas financeiras de créditos tributários, compensando o aumento do resultado tributável.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 18,4%, passando de R$ 337 milhões para R$ 399 milhões, dado o aumento das receitas e a redução de despesas operacionais. Já a receita bruta na comparação trimestral saltou 11,9%, saindo de R$ 5,204 bilhões para R$ 5,822 bilhões. Essa alta é vinculada ao aumento nas vendas de energia, principalmente no mercado regulado, que cresceu 5,3% em razão das maiores temperaturas no período. Contribuiu ainda o reajuste tarifário médio de 15,84% aplicado pela Aneel em julho de 2018.
A companhia apresentou redução de 6,6% na dívida líquida, caindo de R$ 4,504 bilhões em 2018 para R$ 4,205 bilhões em 2019. A companhia explica a melhora pelo crescimento da geração de caixa em função da maior arrecadação das faturas – parcialmente compensada pela emissão de mais de R$ 3 bilhões em debêntures de longo-prazo e de notas promissórias no montante de R$ 500 milhões. Já os investimentos caíram 17,3%, totalizando R$ 220,3 milhões de janeiro a março deste ano, com foco na modernização e digitalização da rede por meio de sistemas de automação.
Do ponto de vista operacional, o resultado trimestral também foi positivo. As vendas e o transporte de energia cresceram 4,4% e chegaram a 11.172 GWh, com aumento de 5,3% no mercado regulado – resultado das maiores temperaturas no período em comparação com o último ano. Os índices de duração (DEC) e de frequência (FEC) de interrupção no fornecimento também melhoraram, atingindo 7,94 horas e 4,55 vezes, respectivamente. As perdas de energia elétrica se mantiveram praticamente estáveis e ficaram em 9,5% entre janeiro de março de 2019.