A espanhola Iberdrola reportou um lucro líquido de 964 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um crescimento de 15% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Já o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia somou 2,6 bilhões de euros nessa mesma base de comparação. A receita apresentou crescimento de 8,5% ao somar 10,1 bilhões de euros.
O negócio de redes somou um ebitda de 1,3 bilhão de euros de janeiro a março, aumento de 9,9% na comparação com 2018. Desse volume, o Brasil representou 21%, atrás de Espanha com 33% e Estados Unidos com 27%. Ainda ontem a Neoenergia, empresa que concentra as operações da Iberdrola no país apresentou seu resultado trimestral, onde o segmento de distribuição representou mais de 90% da receita de suas operações locais.
Em geração renovável, o resultado ebitda da Iberdrola somou 683,6 milhões de euros, aumento de 13,3% ante o primeiro trimeste de 2018. Desse volume o Brasil representou 5%. A maior participação foi originada na Espanha com 32%, seguida pelo Reino Unido com 28% e Estados Unidos com 15%. A capacidade instalada da empresa fechou março com 29,5 GW em potência. Na geração convencional, o Brasil participou com 2% do ebitda global de 600,5 milhões de euros.
Os investimentos da companhia resultaram um um aumento da capacidade de geração de 331 MW nos três primeiros meses do ano sendo 245 MW somente no Brasil. Ao longo do ano a empresa projeta incrementar seus ativos de geração em 4,1 GW em todo o mundo. O pipeline de projetos da companhia somava ao fechamento de março 39,5 GW sendo a maior parte da fonte eólica com 12,4 GW em projetos offshore e outros 11 GW em onshore. No Brasil esse volume é de 1,5 GW. A solar vem em segundo lugar com 14 GW, desse montante 400 MW são brasileiros.
A dívida líquida da Iberdrola somava 35,6 bilhões de euros no encerramento do trimestre, o aumento da dívida é atribuído pela alteração de regra contábil IFRS 16 que elevou a linha do balanço em 408 milhões de euros. A alavancagem da companhia, medido pela relação entre dívida líquida sobre o ebitda recuou nos últimos 12 meses, passou de 3,98 vezes para 3,69 vezes.