A Omega Energia espera que a tarifação horária da energia seja um dos pontos da Chamada Pública 33 que entre em vigor. Em teleconferência com analistas realizada nesta segunda-feira, 6 de maio, o CEO da empresa, Antonio Bastos, definiu a nova modalidade de preço como algo que vai ser bom para o país e para que o risco das operações seja absorvido para os bons agentes e gestores, devendo ser adotado com celeridade. Ainda segundo ele, a proposta apresentada pelo governo Temer não será a mesma do governo atual, mas aproveitará propostas com novas ideias.

Outro ponto da CP 33 que o executivo gostaria que fosse adotado é o fim do desconto nas Tarifas de Uso na Transmissão e Distribuição em ovos empreendimentos. “As renováveis não precisam desse subsídio, há espaço confortável para que não tenha mais esse desconto. Somos pró-mercado”, avisa ele, que acredita que haja avanço nessas discussões desses temas com o governo.

Bastos vê muitas oportunidades de compra no mercado e mesmo sem sinalizar algum movimento, admitiu que a Omega Geração está com o ‘radar ligado’. Ele disse ainda que a empresa observa os movimentos da Cemig, pelo interesse na compra da participação na PCH Pipoca (MG- 20 MW) que a Omega tem em parceria com a estatal mineira. Segundo ele, o interesse da Omega já foi manifestado anteriormente, mas a Cemig não deu continuidade as negociações.

O executivo disse ainda acreditar com base na série de dados que a baixa na geração eólica do Maranhão, onde a empresa tem ativos, está próxima do fim. Desde 2017, eles estão baixos, mas a expectativa é que a baixa não ultrapasse três anos. “Mesmo com esses níveis de vento, temos conseguido produtividade alta”, observa.