A Assembleia Legislativa do Rio Grande Sul aprovou em segundo turno nesta terça-feira, 7 de maio, por 39 votos a 13, a PEC 272/2019, que retira da Constituição Estadual a exigência de plebiscito para a venda da CEEE, CRM e Sulgás. A matéria já havia sido aprovada, em primeiro turno, na sessão de 23 de abril por 40 votos a 13.
No debate durante a votação da PEC, deputados da oposição acusaram o governador Eduardo Leite (PSDB) de descumprir uma promessa de campanha, quando ele teria dito que realizaria o plebiscito. Esses parlamentares também criticaram concessionárias de energia privada do estado, que na opinião deles não estariam prestando bons serviços de distribuição de energia aos consumidores. A deputada Sofia Cavedon (PT) lembrou das privatizações feitas durante a gestão do ex-governador Antonio Britto, que segundo ela, não surtiram o efeito prometido nas contas do estado. O deputado Sergio Turra (PP), favorável ao fim do plebiscito, lembrou que os processos de privatização de cada empresa terão a oportunidade de ser discutidos no parlamento gaúcho assim que o governo os enviar.
A retirada do plebiscito para privatização já havia sido tentada pelo governo anterior, de José Ivo Sartori (MDB), mas não conseguiu seguir em frente na assembleia gaúcha.