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O Grupo Delta Energia lançou o seu segundo fundo de investimentos multimercado. Essa é uma iniciativa da subsidiária de Asset Management da empresa e conta com a captação de R$ 800 milhões junto a apenas um sócio estrangeiro, que não teve sua origem ou identidade revelada. A meta é a operação no trade de energia em longo, médio e até no curto prazo. O fundo começará a operar já na próxima semana por meio de uma comercializadora a ser anunciada.
Mário Guerreiro e Rodrigo Pereira, gestores desses recursos, explicaram que diferentemente do primeiro produto, esse não tem prazo determinado e não atuará no pré-pagamento de energia de usinas hidrelétricas, foco do fundo anterior, lançado em setembro de 2017.
“O primeiro fundo, foi a porta de entrada para o mercado financeiro e por isso tinha um perfil mais conservador em termos de risco. Agora estamos entrando no trade de energia, abordaremos as operações padrão do mercado”, indicou Guerreiro em entrevista à Agência CanalEnergia.
Pereira explicou que as conversas com o investidor neste novo produto iniciaram quando o primeiro fundo estava em andamento. Apesar disso, a companhia focou esse primeiro produto no mercado nacional com destaque para o Credit Suisse Hedging-Griffo. Ao final ficou com capital 100% nacional e vencimento em cinco anos, em 2022.
“Esse investidor estrangeiro veio conversando desde o primeiro fundo e participou da concepção deste segundo com a exigência de ser o único a participar. A Delta é a gestora e tem uma pequena participação financeira”, disse Guerreiro que não revelou a parcela de cada cotista. “É bem minoritária, apenas para alinhamento”, acrescentou.
Com mais esse fundo a Delta Asset dá mais um passo rumo à meta de ter sob sua gestão R$ 5 bilhões em cinco anos. No primeiro foram empregados R$ 810 milhões de patrimônio. Ou seja, em quase dois anos alcançou R$ 1,6 bilhão, ou pouco mais de 30% do objetivo.
Agora o foco da empresa está na busca de rentabilizar os recursos recém-captados para só depois começar a pensar no próximo fundo a ser lançado. Segundo os gestores ainda não há uma expectativa de quando começa o desenvolvimento do próximo produto. Há um pipeline de opções que foram avaliadas quando da formação da empresa e que continuam alinhados com o setor elétrico apesar das mudanças pelas quais vem passando.
“Não há uma regra ou expectativa de data, vamos buscar ter mais corpo do book de  investimentos desse segundo fundo, ter um alinhamento com investidor de LP para começar a se dedicar na estruturação e captação do terceiro fundo”, comentou Pereira.
(Nota da redação: matéria alterada em 8 de maio de 2019 às 14:21 horas para adequação de informações)