A EDP Renováveis anunciou que no primeiro trimestre de 2019 teve lucro de € 521 milhões. O valor é 1% menor  sobre o ano, resultado da diminuição dos recursos eólicos, face a recursos eólicos fora de série no primeiro trimestre de 2018 e à descontinuidade esperada nos PTCs (créditos fiscais associação a produção de energia) de 10 anos, ambos com efeitos a serem mitigados pela maior capacidade operacional, por um preço de venda médio superior e pela taxa de câmbio positiva.

O Ebitda reportado no trimestre totalizou € 385 milhões,  com aumento de 1% sobre o ano passado. As despesas financeiras líquidos aumentaram € 96 milhões com a comparação anual, afetada pelos ganhos de € 15 milhões contabilizados no primeiro trimestre de 2018 com a venda de uma participação em projeto offshore no Reino Unido e por € 7 milhões do tratamento de novas locações ao abrigo do IFRS 16 no primeiro trimestre de 2019.

De acordo com João Manso Neto, CEO da EDPR, o Ebitda permaneceu sólido, apesar do desempenho da empresa no primeiro trimestre ter sido afetado ano sobre ano, devido à comparação entre recursos eólicos do primeiro trimestre de 2018 significativamente superiores com recursos eólicos inferiores no primeiro trimestre deste ano, juntamente com a saída dos PTCs. Segundo ele, A EDPR já tem mais de 40% dos 7,0 GW de capacidade pretendida para 2019-22, o que inclui tecnologia onshore, offshore e solar bem como geodiversificação.

Ao fim do trimestre, a EDPR geria uma carteira global de 11,7 GW divididos em 11 países diferentes, dos quais 11,3 GW estavam totalmente consolidados e 371 MW eram equivalência patrimonial. Nos últimos 12 meses, a carteira aumentou 703 MW: foram 318 MW na América do Norte, 249 MW na Europa e 137 MW no Brasil. No primeiro trimestre desse ano, a EDPR construiu 62 MW, todos na Europa, sendo 47 MW em Portugal e 15 MW na França. Em março de 2019, a EDPR tinha 684 MW de nova capacidade em construção.

A produção de eletricidade atingiu os 8,4 TWh de eletricidade limpa, evitando a emissão de 5,9 milhões de toneladas de CO2. O preço médio de venda aumentou 3% ano sobre ano, impulsionado pela recuperação de preços na Europa ocidental, por preços mais altos obtidos nos EUA e pela taxa de câmbio.