A CPFL Energia afirma que está em uma posição confortável para participar de futuros processos de aquisições. A companhia encerrou o primeiro trimestre uma alavancagem de 2,7 vezes a relação entre a dívida líquida sobre o resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização). A via de crescimento poderá se dar, principalmente, por meio de ativos de distribuição.
Segundo o CEO da empresa, Gustavo Estrella, a tendência da alavancagem da empresa é de baixa até o final do ano. Ele explicou em teleconferência com analistas e investidores que discutiu os resultados da empresa no primeiro trimestre do ano que a única variável a influenciar o indicador é o nível de ativos regulatórios que a empresa terá até o final do ano.
“Nossa expectativa é de receber boa parte desses ativos, que levarão a uma redução maior da alavancagem”, disse o executivo. Com as premissas de hoje, acrescentou ele a empresa deverá ter ativos regulatórios em menor nível. Atualmente está em R$ 1,2 bilhão e talvez fique à metade ao fechamento de 2019.
Independente desse fator, o CEO disse que a empresa deverá analisar os ativos quanto estes estiverem oficialmente no mercado à procura de compradores. Entre as possibilidades ele indicou a distribuidora estatal CEEE-D no Rio Grande do Sul, a última daquele estado que não é controlada pela CPFL.
“Há perspectivas [no mercado]. Os ativos da CEEE nos interessa e faz sentido dada a sua localização geográfica. Certamente este será um ativo que olharemos caso venha a ser colocado no mercado. Porém há outros ativos potenciais”, comentou Estrella. Ele ressaltou ainda o expertise da empresa em distribuição para justificar o interesse nesse modelo de negócio.
Ainda na última terça-feira, 7 de maio, a Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul aprovou a PEC que tira a exigência da realização de um plebiscito para a privatização de empresas públicas.
No segmento de geração, lembrou o executivo, a empresa possui uma forte presença em renováveis por meio da subsidiária dessa modalidade de geração. Os investimentos, indicou ele, deverão ocorrer, basicamente por meio de leilões, mas não descartou alguns movimentos também de aquisições para o crescimento. Contudo, não deu mais detalhes sobre esse caminho.
Já em transmissão, a estratégia continuará a ser no que chama de transmissão de nicho, ou seja, naqueles projetos em que há sinergia com ativos há existentes da companhia. “Para o leilão do final desse ano vamos avaliar os projetos que serão colocados”, comentou.