A Enel apresentou lucro líquido de 1,3 bilhão de euros no primeiro trimestre de 2019, um aumento de 7,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O lucro excluindo efeitos não recorrentes somou 1,2 bilhão de euros, aumento de 11,3%. O resultado ebtida excluindo itens extraordinários alcançou 4,5 bilhões de euros, aumento de 13,9% ante o período de janeiro a março de 2018.
A receita nos três primeiros meses do ano somou 20,9 bilhões de euros, expansão de 10,3%. Mais de metade desse montante teve origem no país sede da companhia. A América do Sul representou 4,3 bilhões de euros, a terceira região mais representativa para a empresa. O crescimento somente nessa parte do globo foi o mais expressivo, 37,9%. Uma importante parte desse crescimento, explicou a empresa, deve-se à aquisição da concessionária de distribuição que atua em São Paulo junto à norte americana AES e que foi rebatizada de Enel Distribuição SP.
Os investimentos no período somaram 1,9 bilhão de euros, um aumento de 52,2%. Os destinos dos maiores montantes são Itália com 555 milhões de euros e logo em seguida vem a América do Sul com 439 milhões de euros, expansão semelhante em ambos mercados, de 36% e de 36,8%, respectivamente.
As vendas globais de energia do grupo somaram 77,1 TWh, aumento de 6,7%. A energia gerada por todas as usinas da Enel ficou em 59,1 TWh, queda de 5% e a energia distribuída ficou em 127,3 TWh, aumento de 9,7%. O destaque para esse último item veio justamente da incorporação da distribuidora paulistana que ajudou a elevar a venda de energia distribuída em 8,4 TWh.
A dívida líquida da companhia é de pouco mais de 45 bilhões de euros um aumento de 9,7% quando comparado ao fechamento do ano passado. Esse aumento, explicou a empresa, decorre, primariamente, da aplicação da nova regra de contabilização IFRS 16 que reconhece nas demonstrações financeiras os compromissos de aluguel de ativos operacionais, o investimento realizado no período, entre outros itens.
A capacidade de geração continua em sua grande parte, cerca de 50% na fonte térmica, as renováveis passaram de 33% em 2017 e chegaram a 38% do total da empresa ao final de 2018. A fonte nuclear representou os 12% restantes. De acordo com a Enel, levando em conta tanto a capacidade instalada consolidada do grupo quanto a capacidade gerenciada, a geração com zero-emissão de CO2 alcançou 53% do mix.Em 2019, a Enel espera uma aceleração em investimentos renováveis, particularmente na América do Norte, e continuará investindo em redes, especialmente na Itália e na América do Sul. Ainda dentro do plano da companhia projeta maior progresso na eficiência operacional com a digitalização, mais foco nos clientes com uma aceleração nas atividades da Enel X, principalmente nos segmentos de mobilidade elétrica e resposta da demanda. A descarbonização do mix de geração até 2050 permanece como objetivo de longo prazo do grupo.
De acordo com o comunicado da empresa, o CEO global Francesco Starace destacou que em linha com o pilar estratégico de simplificação aumentou a participação na Enel Américas para 56,42% e reforçou ainda mais o posicionamento em geração renovável na América do Norte por meio da reconsolidação de 650 MW de ativos de uma joint venture. “Novamente com relação à Enel Américas, esperamos que o recém-aprovado aumento de capital de US$ 3 bilhões, que deverá ser finalizado nos próximos meses, libere novas oportunidades de crescimento na América do Sul, fortalecendo nossa presença na região”, destacou ele.
(Nota da Redaçã0: matéria alterada em 9 de maio às 13:42 horas para adequação de informações)