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Os aproveitamentos hidrelétricos sob o radar da Agência Nacional de Energia Elétrica podem movimentar R$ 69 bilhões em novos investimentos no país, disse Carlos Eduardo Cabral, superintendente de Concessões e Autorizações de Geração da Aneel, durante participação na 3º Conferência Nacional de PCHs/CGHs, em Curitiba (PR), nesta quinta-feira, 9 de maio.
Segundo o executivo, a agência tem mapeado 591 projetos que já passam pela aprovação do órgão regulador. Esses projetos somam 8.367 MW de capacidade instalada. “São R$ 69 bilhões de investimentos estimados que irão fortalecer a economia dos Estados e beneficiar a cadeia de fornecedores, com integral domínio tecnológico nacional na fabricação de equipamentos.” Dos 591 projetos, 56 usinas já têm intenção de investimento, totalizando 539 MW de capacidade instalada.
Considerando a distribuição nacional do potencial, 3.147 megawatts estão na região Centro-Oeste; 2.925 MW, no Sul; 1.717 MW, no Sudeste; 355 MW, no Norte; e 242 MW, no Nordeste.
As pequenas centrais hidrelétricas produzem energia renovável, com baixo impacto ambiental, com uma característica de geração distribuída, próximas aos centros de carga e de construção mais rápida do que uma usina de grande porte.
A edição da Resolução Normativa 637/2015, segundo Cabral, promoveu uma mudança de paradigma no processo de avaliação dos projetos. A resolução acelerou a análise dos projetos na Aneel, passando de 13 projetos analisados em 2014, para 260 projetos analisados em 2017.
Cabral informou que a Aneel está implementando um novo procedimento para melhorar os estudos de inventários dos rios. Trata-se de uma discussão previa da viabilidade ambiental de uma usina com uma metodologia mais participativa entre as partes envolvidas, com a entrega de documentos em etapas parciais.
*O repórter viajou a convite da Abrapch