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Um gestor de energia, que pediu anonimato por conta da complexidade do assunto, disse que nesta semana entrou com uma ação pedindo o arresto de bens dos administradores da FDR Energia. “Meus clientes pagaram pela energia em março e não receberam, e agora vão ter que pagar novamente”, disse a fonte. Procurado pela Agência CanalEnergia, Erik Menezes, presidente da FDR, disse que entende a indignação das contrapartes, mas alega que também foi prejudicado com a crise no mercado livre. “A FDR registrou a energia, só que outro agente através de medida judicial derrubou o registro. Ele tem direito de ficar nervoso com a gente, ele não quer saber do outro agente. Eu entendo o nervosismo”, comentou.

A situação com a FDR pode prejudicar mais de 60 contrapartes na liquidação do MCP que foi finalizada na última quarta-feira, 8. Na lista estão comercializadoras, geradores, indústrias e comércios de diversos portes e segmentos, e cooperativas. Já um consumidor afetado pela situação da FDR e que também pediu anonimato, disse que a comercializadora desde o mês de fevereiro passado vinha apresentando problemas, porém no mês de março a situação se agravou. “A energia paga em março não foi entregue. Estamos tomando medidas judiciais para reparação dos prejuízos e devolução do depósito caução que foi dado em garantia, o pior de tudo é o descaso da FDR com os consumidores”, declarou.

A Agência CanalEnergia apurou que, após da liquidação de fevereiro, a CCEE exigiu que a FDR aportasse garantias financeiras de forma antecipada até o dia 9 de abril. Ao não apresentar as garantias, a FDR foi impedida de registrar novos contratos. A comercializadora, por sua vez, questionou o pedido da CCEE de antecipar o aporte de garantias e disse que a suspensão do registro impediu que a empresa faturasse uma nota para um grande gerador. Já a CCEE, em nota enviada à Agência CanalEnergia, esclareceu que “prezando pela segurança de mercado, a Câmara de Comercialização tem monitorado frequentemente as operações dos agentes e, sempre que identifica algum risco para o mercado, aplica as medidas necessárias para zelar pelo seu equilíbrio, de acordo com a regulação do setor elétrico.”

Inconformada, a FDR entrou com uma ação e conseguiu uma decisão na justiça mineira para obrigar a CCEEE a registrar os seus contratos. A CCEE conseguiu derrubar a decisão depois de trazer o processo para Justiça de São Paulo.

A FDR garante que não havia motivos para as medidas tomadas pela CCEE. Disse que possuía lastro para o mês de março, pois havia comprado 142,8 MW médios e vendeu 119,8 MW médios, tendo um saldo positivo de 23 MW médios. “Daí fomos questionar isso na Justiça”, disse Menezes. A CCEE esclareceu que todas as decisões judiciais estão sendo cumpridas e que atua de forma isonômica no tratamento de todos os agentes.