A Energisa apresentou lucro líquido de R$ 128,8 milhões no primeiro trimestre do ano, uma queda de 9,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado ebitda (antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 904,9 milhões, crescimento de 15,5% ante o reportado de janeiro a março de 2018. Segundo a empresa, a redução do lucro deve-se aos prejuízos das distribuidoras recém adquiridas, Ceron e Eletroacre. Sem considerar a aquisição dessas distribuidoras, informou, o ebitda ajustado (pro forma) teria evoluído 22,4% para R$ 958,8 milhões e o lucro líquido (pro forma) seria de R$ 313,2 milhões, representando um incremento de 120,1% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O consumo de energia somando os mercados cativo e livre avançou 4,6% em relação ao primeiro trimestre de 2018. A receita operacional líquida consolidada, sem receita de construção, cresceu 26,2%, para R$ 4,3 bilhões. O aumento é justificado como o resultado das altas temperaturas verificadas especialmente nos dois primeiros meses do ano. No total foram 9.025,3 GWh consumidos em todas as áreas de concessão do grupo, que conta com 11 distribuidoras. Todas as classes apresentaram variação positiva no período. As classes residencial, rural, comercial e industrial tiveram crescimentos de 6,3% (201,8 GWh), 6% (46,1 GWh), 4,2% (74,2 GWh) e 3,3% (58,7 GWh), respectivamente.
As perdas totais consolidadas nos 12 meses terminados em março somaram 5.608,9 GWh, representando 13,54% da energia injetada, queda de 0,32 ponto percentual em comparação com março de 2018, mesmo considerando a aquisição das distribuidoras Ceron e Eletroacre. Sem a contabilização das novas empresas, as perdas totais representam 11,53% da energia injetada ou 4.121,7 GWh.
Com exceção da recém-adquirida Ceron no indicador do DEC, todas as distribuidoras controladas pela Energisa apresentaram desempenho melhor que a meta da Aneel para os indicadores de duração e de frequência das interrupções em março, com destaque para as distribuidoras no  Mato Grosso (EMT), Tocantins (ETO) e em Sergipe (ESE).
Os investimentos consolidados somaram R$ 545,2 milhões nos três primeiros meses do ano contra R$ 351,5 milhões no ano passado. A dívida líquida consolidada totalizou R$ 11,1 bilhões em março, contra os R$ 10,8 bilhões em dezembro de 2018, a elevação também tem como causa a aquisição das duas novas distribuidoras. Já a alavancagem da empresa, medida pela relação entre a dívida líquida sobre ebitda ajustado nos 12 meses encerrados em março de 2019 caiu para 2,6 vezes, ante 2,7 vezes em dezembro de 2018.