A Eletrobras teve lucro de R$ 1,34 bilhão no primeiro trimestre de 2019. A estatal divulgou seus resultados financeiros na noite da última segunda-feira, 13 de maio. O resultado é 178% maior que os R$ 484 milhões alcançados no mesmo trimestre do ano passado. A receita operacional líquida subiu 6%, chegando aos R$ 6,4 bilhões. Já os R$ 2,9 bilhões de Ebitda mostram um aumento de 15% em relação ao registrado no fim do primeiro trimestre de 2018.

Os investimentos no trimestre recuaram 43%, ficando em R$ 501 milhões. A dívida líquida pro forma está em R$ 25,7 bilhões e a alavancagem, medido pela relação entre a dívida liquida sobre o ebitda está em 2,2 vezes.  Houve aumento de 1,2% na energia vendida, chegando a 17,2 GWh, pouco acima dos 17 GWh do primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com a Eletrobras, o lucro veio  pelo resultado de participações societárias, de R$ 1.9 bilhão , influenciado, principalmente, pelo resultado das empresas controladas e pelo efeito na alienação das participações societárias; passivo a descoberto em controladas principalmente pela CGTEE e por provisões para contingências judiciais, no montante de R$ 104 milhões, decorrente, principalmente, das provisões relativas aos processos judiciais de empréstimo compulsório no montante de R$ 220 milhões.

O resultado positivo foi formado por pelo lucro líquido das operações continuadas de R$ 1,57 bilhão e pelo prejuízo líquido de R$ 223 milhões referente às operações descontinuadas. Na geração, houve um crescimento na receita de 24,3%, em virtude do aumento de 57,7% na Receita de Operação e Manutenção das usinas Renovadas pela Lei 12.783 e pelo faturamento de quatro usinas que foram recebidas da Amazonas Distribuidora após a desverticalização em dezembro.

Na transmissão, a receita recuou 19,6%, devido à queda nas receita de O&M das linhas renovadas, das receitas de construção, na remuneração do ativo financeiro da Rede Básica do Sistema Existente e na atualização das taxas de retorno. Houve queda de 11,5% nas despesas de pessoal e 51,1% nas despesas de material na comparação com o mesmo trimestre de 2018. Aliados a outras reduções, esses recuos fizeram a despesa operacional total ter uma redução de 8,1%.