A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ à proposta de nona emissão de debêntures da CPFL Energias Renováveis no valor de R$ 838 milhões. A emissão será realizada em duas séries, com vencimentos finais em 2022 para a primeira e em 2023 para a segunda. Os recursos serão utilizados para o resgate ou o pré-pagamento de outros empréstimos da companhia.
O rating reflete a qualidade de crédito consolidada do grupo CPFL, que, por sua vez, se baseia em seus fortes vínculos legais, estratégicos e operacionais com seus controladores indiretos, a State Grid Corporation of China e a State Grid International Development Limited, segundo a Metodologia de Vínculo Entre Ratings de Controladoras e Subsidiárias da agência. Para a agência, a Perspectiva Estável dos ratings corporativos do grupo reflete a Perspectiva também Estável dos dos acionistas controladores, a expectativa de manutenção dos fortes laços existentes entre o grupo CPFL e os controladores indiretos nos próximos anos, além da visão da Fitch de que os ratings atuais da CPFL Energia e de suas controladas suportariam rebaixamentos dos IDRs dos controladores em mais de um grau sem serem pressionados.
Em bases individuais, a avaliação indica que o robusto perfil de crédito do grupo se beneficia de sua sólida posição de mercado como um dos maiores grupos privados do setor elétrico nacional. Sua relevante base de ativos de distribuição e geração contribui para a maior diversificação da adequada geração de caixa operacional e para a diluição de riscos operacionais, mais presentes no segmento de distribuição. Neste segmento, os resultados das concessionárias da CPFL demonstram a elevada eficiência destas. No segmento de geração, os contratos de venda de energia da garantia física para 2019 e 2020 e o adequado gerenciamento do risco hidrológico nas usinas hidrelétricas resultam em baixa exposição financeira para o grupo.
A análise também incorpora a expectativa de que o Grupo conseguirá gerar fluxo de caixa livre (FCF) positivo a partir de 2019, com alavancagem financeira líquida ajustada em patamares conservadores e limitados a 3,0 vezes. Ao mesmo tempo, considera o fato de que o moderado risco regulatório do setor elétrico brasileiro e o risco hidrológico atualmente acima da média histórica — devido ao baixo volume nos reservatórios das hidrelétricas — são gerenciáveis e neutros para os ratings.