A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Copercana) é o primeiro consumidor de energia elétrica a obter o Selo Energia Verde no âmbito da edição 2019 do Programa de Certificação da Bioeletricidade. O Selo foi entregue na última quarta-feira, 15 de maio, ao presidente do Conselho de Administração, Antonio Eduardo Tonielo, na sede da Cooperativa em Sertãozinho (SP).
Criado em 2015, o Programa de Certificação da Bioeletricidade é a primeira iniciativa do tipo no mundo, que procura a certificação para a energia produzida estritamente a partir da biomassa da cana-de-açúcar. O projeto é uma iniciativa da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e apoio da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
O Certificado Energia Verde é concedido a usinas produtoras de bioeletricidade sucroenergética, que cumprem quesitos ambientais e de eficiência energética, e o Selo Energia Verde é concedido, sem custo, para consumidores e comercializadoras de energia no mercado livre. A Copercana adquire energia de usina produtora de bioeletricidade, localizada na Região de Ribeirão Preto, participante do mercado livre e certificada conforme as diretrizes estabelecidas pelo Programa.
Para Tonielo, a bioeletricidade da cana adquirida pela Cooperativa, além de reduzir o custo, é uma energia limpa, renovável e propicia a geração de empregos para o país, com o Selo Energia Verde sendo uma oportunidade de demonstrar a preocupação da Copercana com o consumo socialmente responsável de energia elétrica em suas atividades.
De acordo com Zilmar Souza, gerente de bioeletricidade da Unica, atualmente há 70 usinas sucroenergéticas que detêm o Certificado Energia Verde. A energia que será produzida por estas usinas, ao longo de 2019, é estimada em 20 mil GWh, equivalente a abastecer quase 11 milhões de residências pelo ano inteiro, ou o mesmo que evitar a emissão de 6 milhões de toneladas de CO2. “Para atingir a mesma economia de CO2, por meio do plantio de árvores nativas, ao longo de 20 anos, seria preciso plantar 42 milhões de árvores nativas” comentou Souza.